quinta-feira, 9 de junho de 2011

depoimentos de amor...


ele é mar. ele é sereno. é sertão. é tempestade.
é colcha de retalho que, com os meus remendos, faz a arte do artesão.
é bosque primaveril de Setembro. ou terreno pedregoso sob o sol de luz infame.
é chuva desonesta a castigar aquele que, sem pensar, partiu.
é a beleza contida, que ao despertar, provoca, arremata.
com o olhar, arma-se-e-desarma-me no primeiro fitar.
sabe ser rude, macho metido a besta.
sabe ser homem, com um sem número de delicadeza.
é menino também, quando pirraceia, faz bico e nele todo se encolhe quando quer dormir.
ele é Leoni com mãos, e braços, beijos e abraços...
as armadilhas eu mesma faço, quando sob ele me atiro,
no afã de ser nova tatuagem a cravar os seus pêlos crus.
quero-o toda a noite, toda madrugada, todo dia sem fim.
desejo-o como janta de vó, sorvete de domingo, passeio de bicicleta, o cheiro do alecrim.
se não for para passeio de mãos dadas, com beijos e amassos, que seja uma transa, daquelas de enlouquecer, e inesquecer.
passou a ser questão de honra. ainda que por ele abdique dos valores, princípios e educação.
por ele eu permaneço p*ta, mesmo na folga da profissão.


Um qualquer nome de guerra para a profissional apaixonada pelo cliente, metida a poetisa.

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