Digo não quando dizem sim em coro uníssono.
Quero descobrir e revelar a face obscura, aquela que foi varrida dos compêndios da História por infame e
degradante;
quero descer ao renegado começo, sentir a consistência do barro
amassado com lama e sangue, capaz de enfrentar e superar a violência, a
ambição, a mesquinhez, as leis do homem civilizado.
Quero contar do amor impuro, quando ainda não se erguera um altar para a virtude.
Digo não
quando dizem sim,
não tenho outro compromisso.
(AMADO, Jorge. Tocaia Grande.1984, p. 15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário