terça-feira, 28 de setembro de 2010

achado entre os meus papéis de cartas...

precisando de cor, o meu humor!

...olhando fundo, bem no fundo

Desabafo

Eu queria dizer que estou feliz, satisfeita, radiante...
mas seriam inverdades.
Estou sim confusa, ansiosa, triste, como agora!
Pensava que resolveria o problema de maior proporção em minha vida.
Ledo engano! Conquistei outro.
Comer deixou de ser um momento de prazer, passando a ser um momento de dor, de aflição, medo.
O.k., tudo é muito recente. Mas e se permanecer? E se agravar?
Médicos são como Juízes: crêem, com quase certeza, que são Deus.
Uma pena não saberem o que se passam na zona acima do pescoço de seus pacientes...
O.k., pode ser fator psicológico, dor sintomática e todo aquele blá-blá-blá dos Psico-alguma coisa, outros que pensam serem a representação de Deus na terra!
Não me importam os números: da balança, das medidas perdidas, dos elogios recebidos...
Quero apenas sentir-me bem ao me alimentar, ainda que pouco.
(...)
Sim, há várias possibilidade que justificam esse mal-estar, mas ninguém ainda resolveu sintetizá-los em um comprimido de menos de 3 cms?
Seria bem mais fácil...

Porque eu prezo demonstrações públicas de carinho e atenção...

Sil, obrigada por ter se lembrado de mim em um momento de lazer!
Da próxima, basta me convidar! ;)
Fikdik!
HAHAHA...
Um beijo, sua linda!

sábado, 25 de setembro de 2010

Não me façam ser o que não sou,
não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade,
não sei viver de mentiras,
não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE.



Augusto Cury

Ren e seu biquinho pernambucano lindo...

... que me esnoba, mas continuo louca por eles [ ele e o bico]!
sz

... tá, eu faço drama!
OUSHE!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ele tem pouco mais de trinta,
sorriso cansado,
olhar cabisbaixo.
Cor de quem não sabe o que é folga no clube há muito tempo.
Ela tem pouco mais de trinta,
sorriso tímido,
olhar disperso.
Cor de quem sabe o que é passar tardes a fio no play.
Ele tem pouco mais de quatro,
sorriso largo,
olhar desperto.
Cor de quem desce pro play, mas prefere o Play Station e seus joguinhos de morto-vivo.
Ela tem pouco mais de treze,
sorriso metalizado,
olhar maquiado.
Cor de quem passa os finais de semana se queimando com as amigas a beira da piscina olímpica do clube.
Ele tem pouco mais de meses,
sorriso desdentado e frouxo,
olhar nostágico, quando amamentado, e feroz, nos momentos de fome.
Cor de quem há pouco nasceu, alterada pela pomadinha ante assaduras.
Eles são duas gerações,
de sorrisos indecisos,
olhares confusos.
Cores alternadas entre o nascer, o viver e a sobrevida.
Eles não são, mas poderiam ser.

Ai ai... isso aqui está tão paradinho... lixa*
Para animar, sugiro que assistam!
Ai ai... lixa*

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

conjugando verbos...

Eu sofri - passado.
Eu sofrerei - numa pista de dança, me acabando! rs'

Eu sorri -  passado; por aparência, mesmo chorando de dor.
Eu sorrio - de felicidade verdadeira!

Eu comi - passado.
Eu VIVO - presente, que se aplicará ao futuro,
quiçá, toda a eternidade...

domingo, 19 de setembro de 2010

Para Binho


Ele nem precisava citar Clarisse para me agradar. A mim bastavam a sua atenção e carinho desmedidos, sempre.
Tampouco precisava fotografar uma cachoeira e em mim dizer pensar... Como paisagem já me basta o ato de ligar a cam para me mandar beijos depois de longas e divertidas conversas madrugadas a fora...
Eu posso sim me afirmar pessoa com certa sorte! Possuo grande facilidade de atrair pessoas especiais para junto de mim.
E não basta muito para conquistarem meu coração.
Binho, segundo andar, a direita, porta dois. Lá nos encontraremos, apesar da distância espacial que nos distancia...
Nada: SE é o quintal da minha casa, lembra-se?! rs'

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre uma casinha azul, uma árvore, putas e amor

                                                          

Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa
Com janelas de aurora e árvores no quintal -
Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores
E ao crepúsculo fiquem cinzentas
como a roupa dos pescadores.

O que desejo é apenas uma casa.
Em verdade, Não é necessário que seja azul,
nem que tenha cortinas de rendas.
Em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
Quero apenas uma casa em uma rua sem nome.

Sem nome, porém honrada, Senhor.
Só não dispenso a árvore,
Porque é a mais bela coisa que
nos destes e a menos amarga.
Quero de minha janela sentir
os ventos pelos caminhos, e ver o sol
dourando os cabelos negros
e os olhos de minha amada.

Também a minha amada não dispenso, meu Senhor.
Em verdade ele é a parte mais importante deste poema.
Em verdade vos digo, e bastante constrangido,
Que sem ela a casa também eu não queria,
e voltava pra pensão.

Ao menos, na pensão, eu tenho meus amigos
E a dona é sempre uma senhora
do interior que tem uma filha alegre.
Eu adoro menina alegre,
e daí podeis muito bem deduzir

Que para elas eu corro nas minhas horas de aflição.
Nas minhas solidões de amor e
nas minhas solidões do pecado
Sempre fujo para elas, quando não fujo delas, de noite,
E vou procurar prostitutas. Oh, Senhor vós bem sabeis
Como amarga a vida de um
homem o carinho das prostitutas!

Vós sabeis como tudo amarga
naquelas vestes amassadas
Por tantas mãos truculentas ou tímidas ou cabeludas
Vós bem sabeis tudo isso, e portanto permiti
Que eu continue sonhando com a minha casinha azul.

Permiti que eu sonhe com
a minha amada também, porque:
- De que me vale ter casa sem ter
mulher amada dentro?
Permiti que eu sonhe com uma que ame
andar sobre os montes descalça
E quando me vier beijar faça-o
como se vê nos cinemas...

O ideal seria uma que amasse fazer comparações
de nuvens com vestidos, e peixes com avião;
Que gostasse de passarinho pequeno,
gostasse de escorregar no corrimão da escada
E na sombra das tardes viesse pousar
Como a brisa nas varandas abertas...

O ideal seria uma menina boba:
que gostasse de ver folha cair de tarde...
Que só pensasse coisas leves que nem existem na terra,
E ficasse assustada quando ao cair da noite
Um homem lhe dissesse palavras misteriosas ...
O ideal seria uma criança sem dono,
que aparecesse como nuvem,
Que não tivesse destino nem nome -
senão que um sorriso triste
E que nesse sorriso estivessem encerrados
Toda a timidez e todo o espanto
das crianças que não têm rumo...


Manoel de Barros

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Porque eu ouço Marina, Ana Carolina, Cazuza.
Porque eu amanheço com Maria Gadú e faço noite com Renato Russo.
Porque eu tenho emoticons "coloridos".
Porque tenho amizades lindas com gays.
Porque eu defendo o casamento entre eles e a adoção legalizada de crianças e/ou adolescentes.
Porque eu falo "babado", "bee", "amigam" e "abafa".
Porque eu vez faço carão, noutra, biquinho. 
Porque eu modero a Comunidade Maria Gadú Oficial [clica e conheça!].
Porque eu ainda ei de me acabar de dançar numa boate LGBT.
Porque entendo que "bater cabelo" é uma arte.
Porque meu toque de celular é Bad Romance, da GaGa.


Sem mais porquês, o.k., eu confesso: nasci operada!
HAUHAUHAHAUHAUHA...

Para toda a galera do chat da CMGO.



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nesses dias, sem ter pouco de importante a se fazer, tenho investido em universos paralelos ou muito além de antes.
E tenho me surpreendido com coisas e pessoas, e suas pequenezas que me deixam encantada!
Ouço, com contadas interrupções, , da Da Mata, e Pecado é lhe deixar de molho, achado que me fascina dos Tribalhistas.
Achado maior é Manoel de Barros. Tudo começou com a sensatez que absurda e delírios que terapeutam, passando por sua biografia, e culminando no que se segue:

...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.

Ouçam-me: posso não contribuir para a salvação da humanidade, mas os meus dias estão melhores, apesar dos entretantos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu queria falar sobre coisas bonitas:
cheiro de tulipa,
sorriso desdentado de neném,
sabor de café expresso,
as luzes de Beagá,
amizade colorida.
Mas não, hoje necessito dizer que não está sendo fácil.
Muito bem, ninguém disse-me que seria.
Tenho alguns questionamentos que teimam em emergir nas ocasiões mais impróprias.
Sinto uma diversidade de expectativas. Temo em não conseguir torná-las verdade.
A dor vai muito além do corte cirúrgico. Percorre toda uma vida de frustrações e covardia.
É confuso tudo isso.
No espelho ainda são remotas as mudanças, mas aqui dentro, estas me causam medo.
Parafraseando Arnaldo, socorro, eu estou sentindo TUDO.

sábado, 11 de setembro de 2010

Há um ano eu descobria em mim um amor.
Hoje ele completa dezoito anos de vida.
Feliz Aniversário, Irmão!

- Caipira do interiô.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

sobre o meu amor

Quero um amor que note que mudei de perfume. Que elogie o meu café amargo. Que minta dizendo que fico magra vestindo branco. Que assista comigo uma comédia romântica das mais diabéticas até o final.
Quero um amor que me acalente quando eu bebemorar algumas passagens tristes da vida. Que ame os meus amigos tanto quanto os amo. E que os odeie tanto quanto por vezes os odeio. E que reclame de saudade deles, apesar de tudo.
Quero um amor que pague a conta porque sabe que estourei meu limite ao comprar aquela bolsa linda! E que a elogie quando eu usá-la. Que entenda que aquele tom de blush não é parecido com aquele outro, por isso da necessidade de adquirí-lo. E que entenda que essa teoria se aplica a tantos outros bens de consumo.
Que ria das minhas estranhezas, sem ar de deboche, apenas achando-as charmosas. Quero um amor que compreenda esse meu charme estranho, muitas vezes desmedido, porquanto mal utilizado.
Quero um amor que também entenda a minha carência e o meu ciume. Que reprove os meus defeitos da forma mais delicada, na expectativa de que eu me torne uma pessoa melhor.
Quero um amor que goste de cachorro e samambaia. E que cuide deles quando eu for acometida pela preguiça.
Que não se importe em ouvir Linda Rosa 28357436543 vezes. E que fique na dúvida se prefere Tudo Diferente com a participação da Da Matta ou Laranja, com Leandro Léo.
Que leia Clarice, ainda que seja para me agradar. Que discuta Direito, ainda que discordemos ao final. E que nesse final, ele me beije com aquele jeito só dele, para provar que me ama mesmo quando discordamos.
Quero uma amor que não torça para o Clube Atlético Mineiro. Em sendo isso inevitável, que não seja daqueles atleticanos mais doentes, de pouca educação... E que mesmo atleticano, não torça contra o Cruzeiro. Ao menos na minha frente.
Que prefira Cuba feita com Coca Zero. Ou suco de laranja com adoçante. Que diga que não preciso mais emagrecer. Que se esforce para me convencer.
Quero um amor que tenha a mesma aversão que eu tenho a mentira e hipocrisia. E injustiça. E preconceito. Que seja a favor do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, além da adoção de crianças por estes porque entende e comigo repete que 'sim, todo amor é sagrado'.
Quero um amor que ouça Legião, Milton e Chico. Mas que goste de sair para um samba. E que tenha tesão ao me ver dançar Funk, rs!
Que seja paciente, mas que fique bravo comigo quando não atendo o celular porque estou no salão. De fazer biquinho e tudo!
Quero um amor que vista jeans surrado. Que não seja adepto do black tie, mas quando usá-lo, saiba honrá-lo, com a mesma elegância quando usa aquela bermuda horrorosa, presente da madrinha de Natal.
Quero um amor que tenha o devido respeito para com os seus familiares. Que goste da companhia da sua avó, tanto quanto eu gosto da minha. Que tenha no seu pai a referência da honradez e dignidade que espera-se de um pai de quatro filhos, ou três, ou mais. Meu amor não deve ser filho único, porque precisaremos de alguém - além do Igor- para nossos filhos chamarem de 'titio(a)'.
Quero um amor que me leve para conhecer novos lugares, novas gentes e novas culturas. Que se perca comigo ante a falta do GPS e não se irrite mais do que eu. Que mesmo perdidos, me surpreenda com uma dessas: ' - eu já sou perdido por você, preciso me perder ainda mais?'. E que me faça amá-lo ainda mais, se possível.
Meu amor bem que podia ser moreno, de lábios tentadores, mãos firmes e bem cuidadas, perfume com fragrância de homem que desperta desejo, que tenha um charme irresistível ao meu ver, e resistível a qualquer outra que possa vir atentar contra nossa felicidade.
Que seja leal, inteligente (se possível, que seja profissional da área de Exatas), honesto, companheiro, bem humorado e machista na medida, daqueles de implicar com o tamanho da saia, mas que não ouse proibir que eu use qualquer tipo de vestimenta...
Quero um amor que acredite em Deus, da sua forma, do seu jeitinho, sem fanatismos. E que transmita a sua religiosidade aos nossos filhos de forma sadia.
Que queira filhos quando eu estiver preparada para concebê-los. Que queira ter um menino, de nome curto e forte, como Otto, Otávio, Ivo. Tá bom, Augusto. E que caso tenhamos uma menina, saiba não me causar ciume, afinal, ele terá outra pessoa do sexo feminino para amar... Que a ela, concorde em dar o nome de Clarissa ou Alicea.
Quero um amor que saiba ser pai, o que de certa forma me causará estranheza. E que ele consiga lidar com esse meu vazio. Que os respeite muito. Que aproveite ao máximo as fases das suas vidas. E que não se importe de buscá-los na balada as três da manhã de domingo.
Quero um amor que me diga 'te amo' mesmo em silêncio, sob a luz da lua de Minas. E que diga 'te amo' em pequenos gestos, como ao me oferecer o último tablete de Suflair. Ou quando eu ironizar algo que lhe pareça importante, só para irritá-lo. E que me perdoe, em seguida.
Quero um amor que esteja a minha espera.
Mas com pressa de me amar...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TABACARIA
Álvaro de Campos (F.P.)


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
[...]