quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vida,


é chegada a hora, estou regressando!
Após dias mal aproveitados e noites mal dormidas, finalmente revivo a esperança de dias e noites dedicados a você e, por isso, entusiastas de um novo futuro bom!
A sua presença me faz um bem que eu pouco conhecia. Por sua vez, "a sua ausência me causou o caos". É o refrão daquela que celebra o nosso amor com lindas canções...
Lembra-se que eu peguei um resfriado logo nos primeiros dias, daqueles de espirrar e todo o resto?
" - Alergia a sua falta", de imediato pensei.
Pouco depois foram as crises de enxaquecas...  impiedosas... certamente porque eu pensava em exagero em você, em nós, em mim sem seu carinho... 
Malditas foram as vinte e quatro horas  seguidas em que solucei, motivo de muito riso seu, eu bem sei! rs'  Não é claro que meu coração assustou-se em passar dias sem lembrar como é o toque do seu braço ao meu, sem muitas pretensões de um afago?! Aham, sabemos... rs'
E aquela noite em que meu ouvido latejou e latejou e latejou e latejou? Talvez por não ouvir a sua voz sussurrar palavras suaves ao pé dele, coitadinho!
Sobre as crises de ciúme eu recuso-me a confessá-las. Ou melhor, as confesso sim, uma a uma, reconhecendo cada lágrima e cada tom histérico ao telefone. Hum. Até nelas eu conseguia enxergar aquele meu charme causador de muitas outras desavenças, mas que eu sei que você adora... rs'  Tá, parei.
Todos esses contratempos são sintomáticos, não me restam dúvidas! Indicam a manifestação da saudade em mim de forma vil, mas necessária, a fim de provar como eu vivo mal sem você e o seu jeitinho, e a melhor risada, e o melhor cheirinho, e a mão mais entusiasta, e a melhor canção desafinadamente tocada no violão de quatro notas, e todo o resto que me fez amar você desde quando nossos guarda-chuvas trombaram-se na saída da estação do metrô. Dia cinzento, tarde com arco-íris, noite enluarada!
Sim, estou voltando e preciso fazer-lhe alguns lembretes:
- vista-se com pouca roupa, não quero ter muito trabalho em despir-te; 
- regue o hibisco do jardim e dê comida ao Cauby. Não teremos tempo de mais ninguém a não ser de nós;
- coloque Bethânia para tocar as suas memoráveis, ou Caetano, caso prefira. Para mim pouco importará, vez que o único som que realmente irei escutar são os nossos gemidos de prazer...
- lembre-se de puxar o fio do telefone. Avise ao seu Moacir que não atenderemos ninguém, nem a sua e nem a minha mãe. Estaremos sós e para nós;
- não se preocupe em preparar o jantar; o meu único apetite será o seu amor. Quanto ao vinho, compre aquele chileno, somente para rememorar nossas últimas férias. Afinal, brindaremos com o encontro de nossos corpos;
- tome uma aspirina por precaução, estás proibido de adoecer! Peça ao santo saúde, ao menos nesses dias de exílio. Depois, adoeçamos de paixão, não vejo mal nisso. Sobrevivi a sua ausência, sobreviverei a sua presença em excesso sob mim;
- não dispenso as Tulipas no aeroporto e nosso reencontro digno de novela mexicana, heim?! rs'
É tudo que me ocorre, amor. 
Espera... estou voltando!


Para sempre e só sua...

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