quinta-feira, 18 de novembro de 2010

sobre o amor e aquilo que eu não sei dizer, mas digo

"Aqui jaz o amor."

Quando é que se finda o amor, afinal? Amor é assim, então, mensurável? Daqueles tais que tem início, meio e fim? E medida então: amo muito, amo pouco, amo na/sob medida?
O que então promove o término de um amor? Traição strito sensu ou ainda a traição de sentimentos, a desesperança, solidão a dois, talvez uma frustração, palavras mal empregadas, atos outros que ambicionam determinar o seu fim?
E isso, o fim, deve partir de um ex-amante ou do casal? Restaria ainda a generosidade de entristecer-se somente para não deixar que o outro sofra só? Em sendo o sofrimento de ambos, posso mesmo afirmar que não mais existe vestígio de amor? Ora, se estão sofrendo, é porque ali ainda resta um quê de amor!
Só se ama uma vez? Sim, porque para certificarem "findo o amor" é porque este desapareceu por completo daquele que o sentiu. É isso, então, o amar?
Peraí, então o amor não reside no coração [ou como querem os cientistas, nos receptores cerebrais de dopamina], mas sim no ser que foi amado? Foi, passado que me intriga, foi...
Ora, ao meu ver, o amor não morre, não desaparece, não mingua, mina, ou algo parecido. O amor vai sempre ali existir, ainda que mudem os personagens, as circunstâncias, o tempo, o modo...
Eu não quero crer que deixo de amar quando coloco fim a uma relação. É finda a relação, o nós, aquela unidade de dois que promove o bem. Aquela unidade que chega a convencer  sobre o encontro de almas, o despertar de algo que estava ali, adormecido, esperando um assobio estridente, em boas notas, para enfim apresentar-se ao mundo e dizer a que veio.
Ainda que finda a relação, extinto o nós, restam as lembranças de dias ardentes e de ternura, dias de paz e de discórdia, mas vividos, intensamente. Outros sobrevividos, ok, nada mais natural numa relação a dois. Mas foram dias inesquecíveis, não? Dias e noites de amor...
O amor ali permanecerá, para todo o sempre, quer queira ou não. Por não acreditar no fim do amor, não acredito no desamor. Desamor nada mais é do que o tempo que ainda não fez clarear as ideias após um término de relação mal superado.
Sim, sou uma daquelas românticas sentimentalóides, que fingem algo saber. No entanto, preciso mesmo posicionar-me, até por questão de sobrevivência.
Não é finito o amor, portanto. Há sim o fim de um casal, fim de quem ali amou, mas que encontra-se pronto para novamente amar. O amor entre eles para sempre existirá. E se assim não for, talvez não fosse amor...
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Passei a tarde de ontem na sorveteria, discutindo amor com a Carol. A noite, veio a Mari, do PPBelém, falando mais um pouco sobre tal, ou melhor, dizendo que agora já não fala mais! Deu um nó, confesso. Eram duas pessoas que eu imaginava saberem muito sobre toda a temática que circunda o verbo amar.
Caso alguém consiga responder às minhas indagações, terá o meu agradecimento eterno. Mas precisa me convencer, ok?


2 comentários:

  1. Japinha da minha vida
    confesso que esse seu texto me confundiu...não sei se pela complexidade to tema ou da hora que estou acordada rs
    Enfim....achei q vc foi meio contraditória em alguns dizeres, mas tudo bem rs
    Acho que o amor acaba sim, penso q o amor surge mas é preciso ser cuidado. E as lembranças sempre vão ser boas...aquela lembrança de ter amado naquele dado momento, mas não quer dizer que o amor vai estar sempre ali presente.
    Acredito e sinto o amor sim, mas é algo que pode acabar do mesmo jeito q começou...do nada.
    Bjsss

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  2. Leninha da minha vida,
    prazer, Lívia [ou Japa -.-], mas atendo como CONTRADIÇÃO vez ou outra... rs'
    Um beijo!

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