sábado, 25 de dezembro de 2010

porque foi durante o Natal que eu me dei conta desse amor...

amor antigo, imaculado, daqueles que se tem bem guardadinho e silente, mas quando desperta, causa descompasso e faz ecoar um som estampido.
É desse jeitinho o meu amor por Vinícius...
Por ele me encantei há inexatos nove anos, por ocasião de uma peça de teatro, em que, além de autora e produtora, por falta de candidatos, sai por detrás das cortinas e aventurei-me a representar a sua irmã. Personagem fictício, mau humorada, saudosista, solitária e amante de um bom whisky!
Além da sua empregada, duas estátuas lhe faziam companhia. E tais estátuas, com o avançar das doses, tomavam formas humanas e ora cantavam Vinicius, ora declamavam suas poesias... rs'
Estas estátuas foram representadas por duas grandes amigas: Paulinha e Bebel. A primeira, abdicou dos títulos de mulher, amiga, atriz, baixista e profissional do SI para tornar-se a mãe do Ryan. A segunda abdica de muito pouco dessa vida, porquanto vive tudo, muito e intensamente! O.k., hoje é a senhora Macedo. rs'
De todo o vivido naquela momento [como em muitos, muitos outros em que estivemos ali, sempre unidas por algo estranho, mas que nos fazia um bem enorme] restaram esses meus três amores. Incólumes. Guardados e surpreendentes, vez que fugiram do terreno fértil da imaginação e ocuparam a seara do meu coração. E assim, vez ou outra, despertam e fazem-me rir, assim como aconteceu essa noite quando ouvi Vinicius na companhia do meu tio, na extensa e fresca varanda da casa da minha avó, com as luzes de Belo Horizonte  ao fundo, mas que ainda assim clareavam aquela atmosfera de um misto de saudade, pontinha de tristeza e generosas porções de amor.
Eu me permito não recomendar que ouçam determinada música de Vinicius para respirar esse silêncio mágico que restou aqui. Tudo bem assim?
Esse silêncio me faz lembrar o cheiro que exalava do livro biográfico de Vinícius que a Paulinha a época me emprestou para escrever a peça de teatro... own...
Podem me internar depois dessa, mas levem Vinicius para eu escutar na oficina de música da Saúde Mental!
HAHAHA'
Um beijo destemperado e mágico,

Lívia  =]



p.s.: fui loucamente apaixonada por um Vinícius... paixão arrebatadora mesmo, de bastar o cheiro para continuar pulsando!
E agora, revendo o passado e o contrapondo com meu presente, constato que eu me perco e me encontro em Vinicius sempre que me despedaço e me recomponho.
Assim como ultimamente acontece com Caio, Vinicius está presente em bons e em outros momentos da minha vida. Acabo de dar conta disso também!
Poeta e Poetinha fazendo-me viver e encantar-me cada dia mais e mais...

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