terça-feira, 31 de maio de 2011
depoimentos de amor...
Tem olhos que vão além do desejo de ver, perpassando pelo sentir, ávidos por vida. São olhos negros que me prendem, por vezes me paralisam, como os Dois Olhos Negros, de Lenine.
Os cabelos, de tão claros, podem ser confundidos com a manhã de sol, e todo ia-ia e o iô-iô, de Fogo e Paixão, do Wando.
Tem um colo rosado e seios fartos, que despertam desejo e clamam por aconchego. Longe estão da armação de silicone, como canta Seu Jorge, em Mania de peitão.
As unhas dela têm cores fortes no inverno, como o são as unhas negras da Tigresa, de Caetano.
E tem mãos suaves, gentis, porém fortes. Mãos fortes da mulher Pietá, de Milton.
Seu sexo, um, faz grande o meu amor ; dois, nele não temo naufragar; três, sem nexo e em qualquer lugar, quero nele poder ficar junto ao mar, como Três, quando canta a Calcanhotto.
Coxas de menina-mulher que troca as pernas e troca tudo, e toma pinga de caju achando que é Ki-suco, como divinamente canta em Acode, a da Mata.
E como a Beatriz, de Chico, ela me ensina a andar sem ter os pés no chão...
Ela é toda canção...
É o encantamento havido no encontro entre a minha melhor letra e a mais doce melodia!
J.P. - aprendiz de músico, leciona paixão para a musa de todas as suas canções.
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