terça-feira, 7 de junho de 2011

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então vem.
me descubra,  me amarrote.
briga comigo em segredo. 
faça drama, faça alarde.
leia os meus medos, ria das minhas verdades.
lança-me sob a cama, ou no chão, que prenda-me a você em pé.
hoje não tem a melhor posição.
crave as unhas na minha carne, atire-se sob mim feito caça.
chute os baldes imaginários, esmurre essas paredes vazias.
venha com atropelo, queira tudo na primeira tragada.
faça arder de incendiar. 
ouça os meus gemidos pouco discretos.
seja minha dependência, meu vício confesso.
balbucia um fado dos mais confusos para os meu tímpanos pouco seletos.
percorra a latinidade do meu corpo.
sem pressa... temos pouco mais de 500 anos.
esqueça suavidade, singeleza, reciprocidade.
quero o seu pior, seu egoísmo mais indiscreto.
desejo beber sua língua, carregar seu peso, sentir seu viço entre as coxas.
vem que eu quero pêlos, cheiros fortes e tudo de obsceno.
vem.
vem porque hoje eu não sou, mas estou sua. 
e por inteiro.
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L.C.


saudadezinha de escrever para vocês*



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