sábado, 25 de junho de 2011
e ainda teimam falar sobre o amor...
Quem fala: ela.
O que fala:
Você mexe comigo, beibe.
Ainda.
Invade e (me) desorganiza, amassa, vira do avesso.
Faz sentir-me infantil, boba e teimosa em ainda pensar que podíamos ser o NÓS.
Logo eu, sempre com os melhores argumentos para as questões que me são apresentadas, diante de você, pairo no vazio do silêncio.
E de tão profundo, reflito a ponto de sentir dor.
Angustia.
E só reflito, não ajo. Porque, para agir, eu precisaria do outro, que no caso, é você.
Você, sempre tão vaga, tão indecisa e confusa...
Diz não saber o que deseja, não saber nominar o que sente, mas ambas sabemos sim o que é, o que te faz falar coisas desconexas e, após, o que me faz calar.
Faz-me questionar se não sente saudade em sentir-se querida. Se não é vaidade da sua parte. Se não sente saudade apenas de como eu falava e agia em seu favor. Se só não me procura porque discutiu com ela. Ah, são tantos os "se's" que eu poderia passar horas condicionando seu comportamento.
Na realidade, penso que falta-lhe coragem para admitir. Reconhecer o óbvio, o que é relativamente fácil e ao seu alcance.
Seria tão mais simples se você não se esquivasse em reconhecer...
Psiu, reconhecer-me em você - falo baixinho.
Porém, você prefere negar, desconversar, calar-se.
Não mais insisto. A decisão a ser tomada é somente sua. Sempre foi.
Ora, a minha decisão já foi tomada a tempos! Você não viu, ouviu, sentiu? Ah não?
Digo de novo então: eu te quero com o coração!
[...]
Agora aja, reaja, sê honesta consigo, e com o que sentes!
Caio Fernandiando, só não se perca de mim...
Não se perca mais um pouco e ainda mais de mim...
Mas, caso não queira e/ou não consiga, venha não!
Mantenha-se distante, porém, silente.
Talvez seja o melhor, grita o cérebro dotado de razão.
Ou não, sussurra o coração revestido de paixão.
Como fala: como sente.
Porque fala: porque ainda restam um ainda, um se e um que.
Por isso, expõe (se).
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