Mas como menina-teimosa que sou,
ainda insisto em desentortar os caminhos.
Em construir castelos sem pensar nos ventos.
Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim.
A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes.
Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica.
Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras,
tentar acertar os passos.
Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo.
Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parada.
Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior.
Maior que todo mal que existe no mundo.
Maior que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim.
Caio.
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