revisito-me é uma forma de reviver-me - a mim, meus sentidos, sentimentos e circunstâncias - quando escrevi os textos que passarei a re-publicar por aqui. Sou saudosista confessa, adoro o cheirinho da nostalgia...
Dito isso, esclareço que os textos serão escolhidos de forma aleatória ou conforme a importância da lembrança ou simplesmente em função do meu apreço pelo mesmo. Ah, todos serão publicados em suas versões originais, e alguns poderão ser comentados, outros, por entender desnecessário [e para preservar o encanto], não; serão apenas re-sentidos.
Espero que re-apreciem!
Um beijo.
_____________________________revisito-me em: 29-11-2010
revisito: sem título
comentário: recordo que foi uma foto tirada pelo Bim de uma paisagem sergipana que me inspirou ^^
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porque sentiram-se despidos um do outro.
tiveram o corpo congelar de tristeza e arder de saudade.
achavam-se vis, de nenhuma ou pouca valia estando sós.
esquivavam-se da dor, como em sendo possível o não-sofrer.
choraram ao não reconhecer o reflexo do outro no espelho.
disfarçaram o pranto ao optar pela mesa 4, aquela que nunca fora deles.
ao contrário da 7, às quartas.
por anos.
silenciaram ante a pergunta do garçon.
garçon: - em outro japonês?
ouviram ainda Chico César questionar: - onde estará o meu amor?
pressionados, riram, para causar impressão de que estava tudo bem, apesar dos entretantos.
alteraram o trajeto a fim de não passar frente ao jardim, local que celebraram lindas tardes à luz do sol poente e ao som de juras de amor eterno.
questionaram, cada um a seu tempo, a eternidade.
indagaram, cada um a seu modo, o porque do fim.
conclusões chegaram:
ela: - a culpa é dele! Maldito ciúme, maldita possessão!
ele: - a culpa é da mãe dela! Maldita velha, bendita a sua filha!
comeram trufas para remediar a carência.
ele, de maracujá; ela, de chocolate meio amargo.
azedo e amargo, sabores de duas suas vidas.
tempo.
tempo.
tempo.
eis que o senhor que tudo sabe e a tudo transige, decide por agir.
faz emergir lembranças.
com força sopra a brasa da paixão.
revive cheiros, sabores, toques e sensações.
e por fim, encontra o amor.
este, ainda que renegado, mostra-se indiferente aos fatos.
silenciaram ante a pergunta do garçon.
garçon: - em outro japonês?
ouviram ainda Chico César questionar: - onde estará o meu amor?
pressionados, riram, para causar impressão de que estava tudo bem, apesar dos entretantos.
alteraram o trajeto a fim de não passar frente ao jardim, local que celebraram lindas tardes à luz do sol poente e ao som de juras de amor eterno.
questionaram, cada um a seu tempo, a eternidade.
indagaram, cada um a seu modo, o porque do fim.
conclusões chegaram:
ela: - a culpa é dele! Maldito ciúme, maldita possessão!
ele: - a culpa é da mãe dela! Maldita velha, bendita a sua filha!
comeram trufas para remediar a carência.
ele, de maracujá; ela, de chocolate meio amargo.
azedo e amargo, sabores de duas suas vidas.
tempo.
tempo.
tempo.
eis que o senhor que tudo sabe e a tudo transige, decide por agir.
faz emergir lembranças.
com força sopra a brasa da paixão.
revive cheiros, sabores, toques e sensações.
e por fim, encontra o amor.
este, ainda que renegado, mostra-se indiferente aos fatos.
aos atos.
às palavras ditas no calor da discussão.
busca conforto no senhor de todas as coisas,
às palavras ditas no calor da discussão.
busca conforto no senhor de todas as coisas,
e unidos, partem rumo ao beco escuro da solidão.
vagam em profundo silêncio, o som da dor.
encontra o dele, apático;
o dela, saudoso;
ambos, ainda amantes.
é o bastante.
e finalmente unos, correm em direção a vida.
ressalta-se: a unidade de vidas.
rumo a paisagem mal definida na imagem,
porém concreta nos corações.
vagam em profundo silêncio, o som da dor.
encontra o dele, apático;
o dela, saudoso;
ambos, ainda amantes.
é o bastante.
e finalmente unos, correm em direção a vida.
ressalta-se: a unidade de vidas.
rumo a paisagem mal definida na imagem,
porém concreta nos corações.
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Feliz em saber que meu olhar (indefinido) e o meu "Sergipinho" te serviram de inspiração... *-*
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