terça-feira, 12 de julho de 2011

Lívia descrita por Gabriel Garcia Marquez

- Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. 
- Não sei sentir em doses homeopáticas. 
- Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
- Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. 

- Não sei brincar e ser café com leite. 
- Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. 
- Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
- Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. 

- Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre".
Gabriel Garcia Marquez


* In *

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