Deixe de lado o que
é diário ou rotina,
vire a página que
deixou marcada,
dispense os óculos e
os medos,
se livre do excesso
de desculpas e roupas,
ponha as contas de
lado, desligue o rádio,
abaixe o farol,
reduza a marcha,
conheça o traço pelo
paladar,
comece pelo fim,
prossiga,
não é necessário
entender sempre,
desentenda e se fixe
no que estou sendo agora,
perceba meu caminhar
alarmante,
como perco o ar,
fico ofegante,
meu coração
pressiona, é brusco
o vai e vem do meu
peito, indiscreto;
nesse limite em que
meus olhos te cercam,
no parâmetro dos
sonhares que despertam,
na revelação que
meus gestos não negam -
não se perca, não se
traia, não se distraia,
me ame, não te peço
– apenas permito,
seja o findo, o
bonito, o indizível, improvável,
implausível, abrigo,
itinerário, destino,
seja o que desejo,
prove ser inimaginável.
Cáh Morandi
Simplesmente maravilhoso.
ResponderExcluirBeijos.
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