Pois
os métodos pelos quais chegara à sua atual posição lhe pareciam muito
estranhos, e a coisa mais estranha neles era não ter ela sabido aonde a estavam
levando. Essa era a coisa estranha, que não se sabia aonde se estava indo,
ou o
que se queria,
e se seguia cegamente, sofrendo tanto em segredo, sempre
despreparada e espantada e sem saber de nada; uma coisa levava a outra, e aos
poucos alguma coisa se formava do nada, e assim se chegava finalmente àquela
calma, àquela certeza, e era esse processo que as pessoas chamavam viver.
Talvez, então,
todo mundo sabia, como ela sabia agora, aonde estavam indo;
e as
coisas se formavam num padrão, não só para ela mas para todos, e nesse padrão
estavam o contentamento e
o sentido de tudo.
Virginia
Woolf
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