
não
é que eu não ache você interessante. eu acho.
eu só não tenho coragem de falar
essas coisas pra você, em voz alta. e sei que não adianta pensar em como as
coisas seriam se eu falasse com você.
eu teria mesmo é que falar. mas bate uma
preguiça e eu só penso. como agora.
você está tão linda. eu penso, mas não
falo. você me deixa louco. eu penso direto, mas não falo nunca.
“você é
demais”, digo, tímido. ela sorri enquanto bate a minúscula xícara no pires
cheio das migalhas remanescentes da ridícula bolachinha que acompanha o café.
ela gosta. eu sou um idiota mesmo.
J.Castro
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