Um DVD antigo, um pacote de Doritos, uma Coca-Cola de dois litros, um sofá-cama pequeno para nós e teus pés tentando roubar o eterno calor do meu corpo. Não preciso de mais nada e sei, graças ao teu riso infindável, que isso também te basta.
Tento pensar em algum motivo para deixar a tua casa agora, mas nada parece tão inadiável quanto a união de nossos corpos amassados pela preguiça e suados devido ao nosso incessante atrito despudorado.
Tento pensar em alguma razão capaz de me injetar coragem para largar-te sozinha entre os lençóis embolados e em meio às migalhas fartas dessa fome que sentimos um pelo outro, mas logo desisto, peço a primeira saideira e tu rapidamente me serves mais um beijo embriagante. Peço uma nova saideira e tu me entregas, novamente, as chamas que não me deixam colocar os passos na rua sempre fria. Peço outra saideira e no meu ouvido, tu pedes carinhosamente para que eu fique um pouco mais.
Não tenho camisa para reunião de amanhã de manhã, nem terminei minha apresentação importantíssima, mas e daí? Tenho a chance de te ter por apenas mais uma noite.
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