quarta-feira, 5 de março de 2014

"Eu te falei do amor", por Thais Cinotti

Eu aposto que você nem vai ler esse texto até o final, mas tudo bem amor, tudo bem. Tá sempre tudo bem. Com você por perto, tá tudo bem. 
Eu preciso de você pra eu saber quem eu sou. Eu preciso que você me lembre das minhas nuances, eu preciso da sua vibe pra sentir a minha, tá entendendo? Eu preciso. Não é que a vida seja ruim com você longe, mas com você perto parece que a vida é mais bonita. A vida é mais fácil, quando eu tenho você. 
Esse texto vai bem piegas, do jeito que você odeia e eu não to nem aí. Você é piegas, também. Quando tenta ser tão contrário a tudo, ser tão irônico, ser tão fascinante, ser tão você. Você é o contrário de todos os clichês do mundo e talvez por isso eu te ame tanto. 
Eu te amo, porque não te tenho. Eu não preciso encostar em você, pra saber que é quente, que é bom, que é meu. Eu não preciso, mas eu quero. Eu quero tanto, eu quero todo dia. 
O nosso amor é inventado, igual a música do Cazuza. O nosso amor não existe, por isso é tão grande. Eu te falei do amor tantas vezes, meu bem. Eu te falei das coisas bonitas que o amor traz. E você diz que não sabe como é, que não entende, que não conhece. E eu sinto vontade de te pegar pela mão e ensinar cada gesto, cada sinal, cada loucura que é amar alguém sem saber amar. Eu também não sei amar. Mas eu não me importo, eu me jogo de cabeça, se você disser que sim. Eu vou te ver andando, eu arrisco tudo, eu luto até o fim. Eu só queria que você dissesse sim, quando eu te falei do amor. 
Eu quero a sua alma, menino. Mesmo que você diga que não tenha uma. Eu quero a sua sombra, eu quero ser a sua luz. Eu quero o teu mar e ser tua terra. Eu quero que você me surpreenda. Eu quero precisar de você. Ser o seu motivo, ser o propósito de onde veio e para onde vai. Eu quero ser louca, nos seus braços. Quero te achar louco, pra sempre. 
E quanto a gente? Sei lá, não importa. Eu não preciso te ter, eu só preciso de você.



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