quinta-feira, 21 de agosto de 2014
"Não sei bem certo quando amadureci demais para o amor. Me separei do poema, como águas de cores diferentes. Nos repartimos para nos multiplicar. Deixei o carinho nas palavras, levei a dureza para os dias. Uso a razão para não mais me ferir. Endureci não por falta de amar, mas por excesso. Nunca medi o tamanho do beijo, antes da paixão eu já cedia na entrega. Não mais, por agora. Uma serenidade me convidou ao descanso. Somente espero sem subornar a expectativa. Nem sempre a espera tem recompensa. Ela apenas favorece o tempo. E o tempo, traz cura. Hoje quero apenas companhia, uma mão pousada sobre a minha até o próximo domingo. Uma vida sem crer no amor é tão cruel como a morte. Por enquanto, adormeço." - Cáh Morandi
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