quarta-feira, 29 de outubro de 2014
"Ser quem se é, nem sempre é leve, mas árdua tarefa. Quem nos olha, mesmo que de muito perto, nem de longe consegue enxergar além do mais raso em nós. Afinal, eu sei, você sabe: há lugares tão íntimos, tão escuros, tão profundos, que nem o "eu-mais-próprio" tem o hábito de frequentar. Comum é deixar sempre o lado mais ameno, o mais amável, o mais tolerável, o mais pacífico e seguir dando harmonia para as coisas, as pessoas, as situações. A pergunta é: até quando viveremos sendo apenas uma parte de nós ou até quando nossas dores e feridas merecerão esquecimento ao invés da cura? Adoecer de nós mesmos não é a melhor forma de passar pela vida." - Cáh Morandi
domingo, 26 de outubro de 2014
“Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.” - Martha Medeiros
“Você acha mesmo que tem ainda uns dez anos para dizer o que realmente importa às pessoas que ama? Doce ilusão. Seu tempo acabou. A gente só vive uma vez, você tem certeza que você é aquilo que gostaria de ser? Olhe uma foto sua enquanto criança e compare com o que você se tornou. Se você morrer hoje (acredite, pode acontecer), é assim que você gostaria de ser lembrado? É hora de deixar de ser babaca. Não é bolinho. Eu estou bem no início, recomeçando tudo outra vez, do zero. E você?” - Gabito Nunes
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
“Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar. Sentir friozinho na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Ficar no sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de chuva, de flor, cheiro de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero continuar mantendo o meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu coração. E essa é a melhor parte de mim.” - Clarissa Corrêa
domingo, 19 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
"É fácil falar de espera quando não é você que está do outro lado da linha, enquanto não é sua caixa de correios que lota de cartas, e não é sua casa que tem paredes de sobra. É simples não se preocupar com o tempo quando não é o seu corpo que acumula ausências, enquanto não é sua boca que guarda beijos para depois e não é a sua pele que se perfuma para ninguém. Seria lindo e ótimo poder observar e aconselhar que é importante esperar, aguardar, mas agora não dá mais, estou com vontade de morrer... de encontro e felicidade." - Cáh Morandi
- minha morbidez. |
"Aí você volta cheio de pressa em se livrar de mim e eu penso que tudo bem. E eu nem te amo mesmo. Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer. Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. Preciso me aliviar. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar." - Tati Bernardi
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