domingo, 1 de maio de 2016
"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos. É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo. Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida. Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato. E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te." - Mário Quintana
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário