Tentaram me fazer acreditar que
o amor não existe e
que sonhos estão fora de moda.
Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um,
Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um,
como fizeram com os deles.
Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos.
Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos.
Em construir castelos sem pensar nos ventos.
Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim.
A manter meu buquê de sorrisos no rosto,
sem perder a vontade de antes.
Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica.
Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica.
Dá sempre pra tirar um coelho da cartola.
E lá vou eu, nas minhas tentativas,
às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos.
Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo.
Eu sei que vou.
Eu sei que vou.
Insisto na caminhada.
O que não dá é pra ficar parado.
Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço.
Colo.
Pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
E refaço.
Colo.
Pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
Maior que todo mal que existe no mundo.
Maior que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim.
Caio Fernando Abreu
Adorei
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