quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
sobre campos e o que neles contemplar...
Tinha os cabelos presos e ainda assim em desalinho, vítimas que eram do vento gélido que causava-lhe pequenos estremecimentos no corpo franzino.
Sob ele repousava um fresco e simples vestido florido, presente da avó, após meses de costura, com cores que oscilavam entre o amarelo-pastel e o vermelho-framboesa.
Nas mãos, o velho cesto de palha, ainda vazio, esperançoso por pesar em flores numa volta.
E, consigo, além do vento, o cesto e o vestido, acompanhava-lhe o vira-latas, daqueles mais arteiros e fiéis a quem bem lhe tratava com respeito, água, comida e carinho.
Ambos partiam em companhia, mesmo silentes, pelo campo amarelinho, na busca por colherem os seus mais bonitos exemplares nos primeiros raios do dia.
Os olhares perdiam-se pela extensão do campo...
Girassóis as flores,
bem-te-vis os pássaros,
e ali repousava um quinto elemento,
lúcido,
simples e gentil,
a espera de quem o reconhecesse naquela manhã primaveril.
E assim, entre flora, gentes e fauna,
era possível sentir o atropelo sereno da FELICIDADE.
Lívia =]
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Muito legal o texto, puro bucolismo... =)
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