>>> É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
>>> Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
>>> Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
>>> Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
>>> A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.
>>> Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
>>> A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
>>> Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Luiz F. Veríssimo
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