domingo, 29 de maio de 2011

depoimentos de amor...



eu não sei se isso vai soar-te como uma confissão de amor, dessas casuais. 
não, ela não é casual, e nem assim poderia ser, afinal, somos tão pouco usuais...
eu quero que você entenda de uma vez por todas que é por você que eu rio, choro e espirro quando dou a cheirar as Tulipas do jardim na procura do seu cheiro.
é por você que eu remendo sentimentos que você, com uma sutileza desesperada esfarrapa, fio após fio, mantendo os nós do meu coração.
é em em você que eu penso quando amanheço às 7, nesses últimos dias gélidos de maio, com um sorriso de goianas bonitas e uma vontade de fazer daquele dia o mais encantado da semana. isso de segunda a sexta, porque nos fins de semana eu amanheço tarde, quando o meu sono se dá por satisfeito e faz-me acordar. e penso em você ainda assim, imaginando-te comigo se afogar no cheiro bom e no calor do meu edredom.
é em você que eu penso quando anoiteço, ao ver o sol de Minas se esconder por detrás de qualquer uma de suas montanhas, e conceber noite de estrelas enluaradas.
é com você que eu me vejo encontrar na rodoviária; sim, beibe, amores precisam de rodoviárias como cenários de encontros felizes. avião fica para a partida, para que esta dure o mais curto tempo da despedida.
é com você que eu dou uma de valente, de experiente, coloco banca de mulher decidida. é que você me faz sentir além do que sou.
é com você que permito-me fragilizar, dizer coisas sem sentido e praguejar palavrões. ah, eu já disse como fico quando você se atrapalha com as palavras, chegando a gaguejar? Resposta: idiotamente encantada. 
é com você que eu insisto, desisto, insisto, desisto e vice-versa. é com você e por nós.
por nós que eu pondero, relevo, ignoro e imploro a deus paciência.
por nós que eu suporto ausências, distâncias e indiferenças.
por nós que alimento vezemsempre o meu desejo por você.
por nós que imagino você vezenquando alimentando o seu desejo por nós. sou humilde, sei que não é sempre que imaginas a mim. desnecessário, porquanto estou todo o tempo em você.
por nós que somos ainda duas vidas na esperança de sermos uma num futuro próximo.
ou não, se lembrarmos que somos bem pouco casuais.


Sem documentos, desorientada no tempo e no espaço, veste camisa de força e canta É o amor em praças públicas.

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