domingo, 26 de agosto de 2012

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psicologia do domingo:


sobre machos-alfa


lancemonroe:

Titties






Adoro vocês, homens, sempre tão espertos, inteligentes, cínicos, piadistas, descolados, sexuais e livres.
Adoro tanto que me tornei uma cópia quase idêntica, não fosse pelo meu útero carente e pelo meu decote que ainda grita, pedindo que eu seja um pouco feminina.
Um pouco.





Tati Bernardi.

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por Orlando Pedroso http://www.orlandopedroso.com.br/

Lívia descrita por Martha Medeiros




Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores, mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. 
Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. 
Estranhos desertos.

Martha Medeiros

Sábado a noite: pessoas agradáveis, Cuba, violão e 'Esquadros' [dentre outras mais] ^^

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Blindemos nossos vidros!

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Aconselhei-o, por amor à arte, a manter-se mentalmente são; a compreender, a não exagerar, e a pôr superfícies de vidro entre si e a matéria.

Virginia Woolf 

domingo, 19 de agosto de 2012

"[...] o céu é maior"


"- Garçom… que dose de mentira você tem? / - Temos: Eu te amo, nunca vou te deixar, eu quero você comigo, sinto saudades e também temos uma que anda saindo bastante: 'pode confiar em mim'. / - Ah… Manda todas que hoje eu quero me iludir!". Tati Bernardi

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de(-se)menos



Na ânsia, nossos relacionamentos andam modernos demais, revolucionários demais, experimentais demais, como um filme francês meio nonsense, executado do fim ao início, cuja grande inovação é não ter roteiro nenhum por trás de uma profunda tristeza de seus personagens perdidos, sem saber exatamente qual lente mirar, em que momento, qual o plano, qual o foco. a fotografia denota nosso daltonismo afetivo: enxergamos o amor cor-de-rosa através da câmera, quando na realidade ele é roxo-escuro. como um hematoma.


Gabito Nunes

sobre - e para - a vida













Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.












Clarice Lispector

sábado, 18 de agosto de 2012

sobre contos de (ex) fadas

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Não sou mais tão ingênua, o cavalo branco já não faz parte do meu sonho.
 Muitos filhos? Pode ser apenas um. 
Do lugar lindo e florido eu não abro mão! 
E o felizes por toda a eternidade pode ser transformado em “felizes enquanto se amem e, acima de tudo, tenham respeito um pelo outro".

Clarissa Corrêa

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Todas essas alternativas, essas opções de caminho é que dão segurança de andar.
Pois algo sempre pode muito bem dar errado, e é bom saber que existem desvios de rota, bifurcações, rótulas, pistas livres, placas e pontes.
>>>>> Quem sabe andar acompanhado da certeza cega de que está no caminho certo não é um jeito de estar espetacularmente perdido?

Gabito Nunes

- oi?


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Um fotógrafo-artista me disse uma vez: a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balança nem com barômetro etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida
pelo encantamento que a coisa produza em nós.
Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eiffel (veja que só um dente de macaco!). Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building. 
Que o canto das águas e das rãs nas pedras é mais importante para os músicos do que os ruídos dos motores da Fórmula 1.
Há um desagero em mim de aceitar essas medidas.
Porém não sei se isso é um defeito do olho ou da razão.
Se é defeito da alma ou do corpo.
Se fizerem algum exame mental em mim por tais julgamentos, vão encontrar que eu gosto mais de conversar sobre restos de comida com as moscas do que com homens doutos.

Manoel de Barros

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

pílula de Caio


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Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade... [...]


Caio Fernando Abreu

sobre gentes

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Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música.
Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo. Gente que não planeja tudo. Gente que pede licença , que diz obrigado, que pede desculpas, que chora assistindo filme.
Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos. Aquela gente que diz que te ama, que mexe no cabelo dos outros, que lê as coisas na rua, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa, um almoço ou um jantar surpresa ...
Aquele tipo de gente que te faz sorris, que te faz sentir importante, que se importa. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz.
Gente que gosta de gente!

- Nascto

Lívia descrita por Lya Luft


i-nfinie:

798 by Carrie WishWishWish on Flickr.
A quem achar que sou demais romântica, ou demais pessimista,
direi que nem uma coisa nem outra:
escrevo sobre a morte porque desejo a vida, e sobre a dor porque acredito na possível alegria.
Falo das minhas preocupações porque tenho esperança;
respeito a sombra porque acredito em alguma claridade que justifique o universo.

Lya Luft

domingo, 12 de agosto de 2012

"Quem medirá o chapéu e a violência do coração dos poetas quando capturados e aprisionados no corpo de uma mulher?" - Virginia Woolf


porque é preciso arriscar para avançar


Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar.
[...] Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.
Não posso esperar.
Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.
Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. [...]
Caio F. Abreu

domingo, 5 de agosto de 2012

para cuidar de e de si


sem título on Flickr.Presentinho.
A grande questão é que de vez em quando eu preciso que me cuidem. Cansa cuidar sempre. De vez em quando é bom ficar de pernas para o ar, sem se preocupar com nada, recebendo carinho, atenção, mimo. Entenda, atenção não é estar colado. Você pode dar atenção e cuidar de quem ama mesmo de longe. O importante é saber que o outro está se sentindo cuidado.

Clarissa Corrêa

Lívia descrita por G.G.Marquez


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"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. 
Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco."

Gabriel Garcia Marquez

sobre causas e suas defesas

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"Eu acho muito discutível essa coisa de luta gay. Todo mundo é parcialmente bissexual. Quando a gente começa a gritar aos quatro ventos as diferenças, você corre o risco de reforçar a discriminação. Se deve lutar, sim, por todos os direitos: de negros, de judeus, de classes menos favorecidas economicamente. Não acho a luta gay mais importante do que a luta por melhor salários dos garis da Prefeitura, por exemplo. A política disso no Brasil é ambígua e complexa porque o Brasil é ambíguo e complexo sexualmente. A sexualidade aqui é totalmente indefinida.
[...] Cada ser humano é um universo com suas variações. Sou partidário da teoria do caos. Não vamos tentar ordenar e disciplinar o mistério. E a condição humana é basicamente o mistério." 
Caio Fernando Abreu - literário & gay


P.S.: para o mais novo casal cherry da/na "praça": Moa e Tulim! sz

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

para Agosto


Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu — sem o menor pudor, invente um.
Caio Fernando Abreu