terça-feira, 31 de dezembro de 2013
"Até os que conseguem voar sentem medo quando vão saltar de um abismo. Na vida, com toda a certeza que temos, sentimos medo de não ter chão - ou ter - quando arriscamos alto, a vida, o futuro e os sonhos. Nossos sonhos são os maiores causadores do fracasso. Buscamos felicidades eternas, sem saber, que feliz é aproveitar a busca da felicidade. Como dizia um poeta: 'Felicidade é o caminho e não o destino'." - Hugo Rodrigues
"Quantas vezes para mudar a vida, precisamos da vida inteira, pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular, como os espojinhos que atravessam o campo levantando poeira, folhas secas, insignificâncias que para mais não lhes chegam as forças, bem melhor seria vivermos em terra de tufões. Outras vezes uma palavra é quanto basta." - José Saramago.
domingo, 29 de dezembro de 2013
"Beijo não se pede", por Fábio Chap
Imagine uma parede; e imagine que nessa parede está encostada a mulher que vai roçar na sua barba te fazendo pensar com ares de esquecimento: ‘como era antes dela?’
Nessa parede branca com leves rachaduras está encostada e sorridente a mulher que topará viajar contigo pra Veneza ou pra Diadema. De jatinho ou de Chevette.
Alta, a parede é recheada com rabiscos de outros casais. Iniciais e corações estão lado a lado com as rachaduras; algo como o amor na prática. Lá está ela: a mulher que fará dos seus sonhos um lugar quase palpável. Lugar esse que vocês terão umas plantinhas pra cuidar, muitos beijos pra praticar e, talvez, até uma criança com os olhos de um e a boca do outro.
Imagine um lugar que você conseguiu convencê-la que se tratava de um ponto; que lá passava o ônibus em direção a faculdade dela. Mentira das grandes que atrasa a ida, mas adianta a vinda de uma boca que… meu deus do céu.
Insisto: Desenhe na mente uma parede que não é ponto de ônibus, mas é branca e rachada; e que nela está encostada a mulher que vai te desabafar coisas sobre a vida. Que não vai se importar de ouvir um ‘Vai dar tudo certo, minha linda’ ao pé do ouvido. Claro, acompanhado de abraço forte. Desses que pressionam as costelas e impressionam todos aqueles que pensavam ou diziam: ‘Vocês não vão dar certo’.
Quer viver essa história? Agarre-a nessa parede. De olhos fechados e bocas fervendo ambos escrevem os capítulos que a língua descobre. Não é grosseria quando você aprende a traduzir olhos que frequentemente desviam dos seus; mãos que não param de gesticular. Beijo não se pede. Roube-a num assalto passional. Silencie a timidez dela com desejo e mão na nuca.
Saiba que a única parede que impede isso acontecer é a sua hesitação. Você está lidando com uma mulher que não aceita homem que pede beijo. Ela é dessas que sabe que beijo é calor, não um favor. Dessas que – contra a parede – é mulher, não menina. Sabe como você nivela essa pegada? Sendo homem.
___________
p.s.: ei-lo, Lu! ~suspira~
Nessa parede branca com leves rachaduras está encostada e sorridente a mulher que topará viajar contigo pra Veneza ou pra Diadema. De jatinho ou de Chevette.
Alta, a parede é recheada com rabiscos de outros casais. Iniciais e corações estão lado a lado com as rachaduras; algo como o amor na prática. Lá está ela: a mulher que fará dos seus sonhos um lugar quase palpável. Lugar esse que vocês terão umas plantinhas pra cuidar, muitos beijos pra praticar e, talvez, até uma criança com os olhos de um e a boca do outro.
Imagine um lugar que você conseguiu convencê-la que se tratava de um ponto; que lá passava o ônibus em direção a faculdade dela. Mentira das grandes que atrasa a ida, mas adianta a vinda de uma boca que… meu deus do céu.
Insisto: Desenhe na mente uma parede que não é ponto de ônibus, mas é branca e rachada; e que nela está encostada a mulher que vai te desabafar coisas sobre a vida. Que não vai se importar de ouvir um ‘Vai dar tudo certo, minha linda’ ao pé do ouvido. Claro, acompanhado de abraço forte. Desses que pressionam as costelas e impressionam todos aqueles que pensavam ou diziam: ‘Vocês não vão dar certo’.
Quer viver essa história? Agarre-a nessa parede. De olhos fechados e bocas fervendo ambos escrevem os capítulos que a língua descobre. Não é grosseria quando você aprende a traduzir olhos que frequentemente desviam dos seus; mãos que não param de gesticular. Beijo não se pede. Roube-a num assalto passional. Silencie a timidez dela com desejo e mão na nuca.
Saiba que a única parede que impede isso acontecer é a sua hesitação. Você está lidando com uma mulher que não aceita homem que pede beijo. Ela é dessas que sabe que beijo é calor, não um favor. Dessas que – contra a parede – é mulher, não menina. Sabe como você nivela essa pegada? Sendo homem.
___________
p.s.: ei-lo, Lu! ~suspira~
"Nunca pensei que teria essa capacidade de amar de um jeito tranquilo. Eu achava que o amor é aquilo que te deixa acelerado, estupefato, insone, maluco. Me perdoe a ignorância, mas eu não sabia. Eu não sabia até conhecer você, até construirmos a nossa vida juntos. O amor é um sofá cama confortável em que podemos sentar ao fim de cada dia e compartilhar pequenas conversas, pequenos risos, pequenos pedaços da vida. O amor é uma sacada aberta onde o sol aquece e o vento seca. O amor é olho no olho, é mentira apagada com borracha, é sonho que tem continuação e vontade que nunca cessa. O amor é o erro reconhecido, é o perdão concedido, é a verdade crua. O amor é saber ser. O amor é querer estar. E permanecer apesar do vendaval, dos buracos fundos, do que dizem." - Clarissa Corrêa
“Nem mais nem menos, retrucou ela rindo também. Saiba pois que sou muito senhora da minha vontade, mas pouco amiga de a exprimir; quero que me adivinhem e obedeçam; sou também um pouco altiva, às vezes caprichosa, e por cima de tudo isto tenho um coração exigente. Veja se é possível encontrar tanto defeito junto!” - Machado de Assis
sábado, 28 de dezembro de 2013
“Nem faço muita questão que as pessoas me conheçam a fundo. Tem gente que não merece o nosso coração aberto. Certas pessoas não precisam conhecer nossa alma. Porque elas nem vão saber o que fazer com tanta informação. Tem gente ruim no mundo, já me convenci disso. Espero que você entenda isso também. E que não sofra tanto ao constatar que nem todo mundo quer o seu bem. Algumas pessoas sentem prazer em perturbar os outros. O que ganham em troca? Não sei. E nem quero descobrir.” — Clarissa Corrêa
“Fácil. Até demais. Qualquer idiota consegue, talvez seja menos complicado cuspir isso sem realmente sentir. Os mentirosos são os mais fortes, têm mais estômago pra esse tipo de composição gramatica e sentimental. Eu não, hesito, sinto medo e quando estou a ponto de bala de dizer a coisa, meu queixo treme e chego a passar mal. Mas amo, é o que importa. Amo demais. Sem discursos, sem frase de efeito, sem responsabilidades. Eu sei porque se não fosse tão forte eu não ficaria sem palavras.” - Gabito Nunes
“Nunca pensei que teria essa capacidade de amar de um jeito tranquilo. Eu achava que o amor é aquilo que te deixa acelerado, estupefato, insone, maluco. Me perdoe a ignorância, mas eu não sabia. Eu não sabia até conhecer você, até construirmos a nossa vida juntos. O amor é um sofá cama confortável em que podemos sentar ao fim de cada dia e compartilhar pequenas conversas, pequenos risos, pequenos pedaços da vida. O amor é uma sacada aberta onde o sol aquece e o vento seca. O amor é olho no olho, é mentira apagada com borracha, é sonho que tem continuação e vontade que nunca cessa. O amor é o erro reconhecido, é o perdão concedido, é a verdade crua. O amor é saber ser. O amor é querer estar. E permanecer apesar do vendaval, dos buracos fundos, do que dizem.” - Clarissa Corrêa
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
"(...) Como te encontrar assim numa quinta e ter a certeza que desde domingo, eu já sonhava alguém como você. E te esperar chegar do trabalho, fazer hora numa livraria qualquer e ficar imaginando quais livros você leu na infância. Comprar livros novos para você, também. Te dedicar "Secret Garden", do Bruce Springsteen, e os dias de sol. Nos dias de chuva, sorrir do teu nariz vermelho e do teu casaco amarelo. Horrível, mas teu. Lindo, sendo assim.
Sentar no chão do box quando quisermos conversar sobre o dia, mas a gente não tem grana para comprar uma banheira. Te admirar abrindo a torneira com medo da água fria. Ver teus olhos fechados e teu sorriso-sem-mostrar-os-dentes enquanto a fumaça da água fervendo toma conta do banheiro. Brincar de escrever nossos nomes no espelho, nos cadernos, nas árvores e em nossos corpos. Com-hidrocor-vermelho, você diz.
Rabiscar você em meu destino.
Casar com você sempre que for sexta-feira. Fazer de todos os dias uma nova sexta-feira, mas eternas segundas-tristes quando não estamos lado a lado.
Dividir o mesmo prato, o mesmo copo e a mesma casquinha de sorvete meio-a-meio. Ou só chocolate, mas nunca só baunilha. Rir de você bêbada. Rir de você sóbria. Ri de você blasé. Morrer de medo de você nervosa. Morrer de tédio com você triste. Ser teu super-herói com você com medo.
Te beijar. Sempre que eu puder. E até quando não puder. Quando você tiver de batom, toda linda, e te bagunçar feito um palhaço. Te lamber como um labrador amigável. Te arranhar como um gato arrisco.
Ser teu bichinho e tua presa.
Tua calmaria e tua pressa.
Gritar quando você não ouvir meus silêncios desesperados. Berrar palavrões quando eu for exagerar minhas declarações às avessas porque eu te amo tanto que literatura nenhuma conseguiria exemplificar isso, essa-porra, irei dizer.
Te ter como se nunca tivesse vivido sem ti.
E te amar com medo de lembrar o que é não te ter comigo."
-
Hugo Rodrigues
Sentar no chão do box quando quisermos conversar sobre o dia, mas a gente não tem grana para comprar uma banheira. Te admirar abrindo a torneira com medo da água fria. Ver teus olhos fechados e teu sorriso-sem-mostrar-os-dentes enquanto a fumaça da água fervendo toma conta do banheiro. Brincar de escrever nossos nomes no espelho, nos cadernos, nas árvores e em nossos corpos. Com-hidrocor-vermelho, você diz.
Rabiscar você em meu destino.
Casar com você sempre que for sexta-feira. Fazer de todos os dias uma nova sexta-feira, mas eternas segundas-tristes quando não estamos lado a lado.
Dividir o mesmo prato, o mesmo copo e a mesma casquinha de sorvete meio-a-meio. Ou só chocolate, mas nunca só baunilha. Rir de você bêbada. Rir de você sóbria. Ri de você blasé. Morrer de medo de você nervosa. Morrer de tédio com você triste. Ser teu super-herói com você com medo.
Te beijar. Sempre que eu puder. E até quando não puder. Quando você tiver de batom, toda linda, e te bagunçar feito um palhaço. Te lamber como um labrador amigável. Te arranhar como um gato arrisco.
Ser teu bichinho e tua presa.
Tua calmaria e tua pressa.
Gritar quando você não ouvir meus silêncios desesperados. Berrar palavrões quando eu for exagerar minhas declarações às avessas porque eu te amo tanto que literatura nenhuma conseguiria exemplificar isso, essa-porra, irei dizer.
Te ter como se nunca tivesse vivido sem ti.
E te amar com medo de lembrar o que é não te ter comigo."
-
Hugo Rodrigues
"Parabéns para você, que, linda, lida com explosões hormonais uma vez ao mês. Que sente tudo inchar. Que chora por besteira. Que valoriza bobagens. Que acredita em filmes de amor. Que faz coleção de esmaltes. Que ama sapatos, bolsas e cacarecos para colocar no cabelo. Que compra só porque tava em liquidação. Que sempre precisa de alguma coisa. Que acha o amor a coisa mais bonita – e importante desse mundo. Que sabe como é fundamental olhar para si mesma – ainda que de vez em quando se perca e se preocupe em demasia com o "querer" do outro." - Clarissa Correa
"É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas." - Ana Jácomo
"Meu coração estava tão despreparado. Como se possível fosse estar pronta para o imprevisto. E o dia começou tão invernal, e a tarde se alastrou tão inquieta, e as decisões tomadas foram extremas como quando se termina toda história intensa. Meu coração pulsava improvisado. E eu mentalizei o seu abraço: você acariciou o meu cansaço e removeu amorosamente as minhas lágrimas. E nem se incomodou se eu fragmento, pois sabe: até a minha dor se faz na luz. Então meu coração foi amparado quando me recebeu fiapo e míngua. E agora descansada dos meus medos, teu colo do meu sono travesseiro. E vou me refazendo em seu toque. Te amar é ter tamanha boa sorte." - Marla de Queiroz
"Talvez eu nunca perca esse meu jeito de acreditar e de tentar. E talvez eu nunca deixe de ser uma sonhadora, pois apesar de já ter tido o meu coração partido em pedaços miúdos, sigo me doando. Não me importo, sou do time que torce para o amor, por mais cafona que isso seja. É por isso que sigo me doendo." - Clarissa Corrêa
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
"Eu sou intensa. E vou morrer assim. Por mais que eu tente puxar o freio de mão, as emoções me dominam e pulam de dentro de mim desesperadamente. Por isso, sou a favor do amor, da verdade, da vontade. Não sou a favor da traição e da mentira. Procuro fazer o bem e ficar em paz com minha consciência e meu coração, mas de vez em quando cometo deslizes humanos. Sinto ciúme, faço fofoca, falo palavrão e tenho dias azedos. Sou quase normal e quase louca. Não sei muita coisa, mas procuro estar com os olhos e ouvidos abertos para absorver tudo que a vida me dá. Tenho um amor imenso pelas pessoas que são importantes na minha vida." - Clarissa Corrêa
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
"Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente. De vez em quando, a mente, que tantas vezes mente, me permite lembrar que essa felicidade essencial está o tempo todo disponível, preservada, por trás das nuvens que a negatividade infla. Rio e me sinto mar." - Ana Jácomo
"As coisas tão mais lindas", por Marina Melz
Me carinha as costas. Teu sorriso de cansaço é tão lindo que eu queria te fotografar. É a imagem mais bonita do mundo. Não sei onde começam meus braços, nem onde começam os teus. O mesmo calor que me amortece as pernas é o frio que me arrepia os braços. Chega mais perto, fica junto de mim. A cama é grande. Deixa minha solidão dormir ao nosso lado, abraçada com a tua: sei que posso tocá-la, mas não preciso: me bastas.
Ri da minha cara, brinca com o meu nariz. Me abraça. Faz frio aqui dentro: me esquenta. Deixa eu sentir teu peito nas minhas costas, teu braço entre meus seios. Deixa eu sentir as pontas dos teus dedos pintando meu rosto de uma felicidade que só tu me poderias oferecer. Escolhe as cores. Escolhe uma música pra ser nossa. Canta. Baixinho. Sussurra já que és canção.
Desliga o celular, apaga a luz. Tua energia é mais forte e mais brilhante. O teu azul não é mar revolto: é céu de inverno. Enrosca teus pés nos meus, me beija de leve o pescoço. Não me deixa tentar entender porque eu não quero conseguir. Faz piada, deixa meu sorriso se espalhar.
Me beija a boca com paixão e a pálpebra com ternura. Deixa o dia nascer, deixa o sol se pôr. Deixa o mundo. Só não me deixa.
Perde teu tempo pra me ganhar. Me abraça a cintura e deixa meus dedos se perderem nos teus cabelos. Escuta meu coração batendo leve, porque tua suavidade me encanta. Beija minha barriga, morde minha orelha, coloca a mão no meu pescoço. Me arrepia, me faz careta.
Dorme e me deixa com a paz do teu sono. Me deixa ser teu sonho. Deixa eu me perder nos teus olhos fechados, deixa eu te invadir. Deixa eu sorrir e sentir pena de tudo que há do outro lado da porta e não pode te ver.
Me acoberta com o jeito de viver o amor por uma hora, um dia ou uma vida inteira. E só não é mais eterno do que o toque da tua pele na minha que fervem a alma e congelam o tempo.
Não levanta, não vai. Deixa eu fazer manha, ser tua manhã. Deita, deita. Fica que eu já volto. Deixa as roupas no chão, não arruma a cama. Me abraça. Me carinha as costas. Sente o nosso cheiro: o café ficou pronto.
Não levanta, não vai. Deixa eu fazer manha, ser tua manhã. Deita, deita. Fica que eu já volto. Deixa as roupas no chão, não arruma a cama. Me abraça. Me carinha as costas. Sente o nosso cheiro: o café ficou pronto.
“Para vocês mulheres que desacreditaram dos homens, nem venham dizer que príncipes encantados não existem, pois eles existem, eles só não vem mais com uma roupa de galã branca em um cavalo branco, os príncipes encantados, são aqueles caras que dormem e acordam pensando em vocês, pensando em uma forma de fazer vocês felizes por mais uns dias, pensando em arrancar um simples sorriso.” - Tati Bernardi
domingo, 8 de dezembro de 2013
"O amor não é prosa e nem poesia. Aquelas três palavras não me servem. São sonetos sem pele, versos que não ressoam, metáforas que não suam, frases que não cheiram. “Eu te amo” não diz nada, entende? Não escreva o que sentiria se acordasse comigo. Acorde comigo. Não imagine meu cheiro. Me cheire. Não fantasie meus gemidos. Me faça gemer. O amor só existe enquanto amar. Ação. Calor. Verbo. Presença. Milímetros. Hálito." - Gabito Nunes
“Não é fácil explicar. Eu sou assim, meio morto por dentro. Faço as coisas por empolgação e no outro dia, sei lá. Sou dessas pessoas que ficam procurando as canções no rádio até achar um clássico, algo perfeito para aquele horário do dia, aquele semáforo. A música acaba e eu troco de estação.” - Gabito Nunes
por Nádia Maria |
"A gente foi se delineando no sentimento mais delicado, aquele que fica à margem das paixões súbitas. A gente desabrochou um punhado de afeto, dessa alegriazinha que faz cócegas nos lábios, traz um sorriso pra boca, deixando o olhar meio abandonado. A gente já foi se aproximando com a sutileza dos desapegados. Vazios de posse, mas não destituídos de afago: quanto menos ansiosos, mais e mais preenchidos. A gente foi se conhecendo na beirada das curiosidades, sem pressa. E nos divertimos com a qualidade das histórias que engrossavam nossas gargalhadas. A gente mal sabia ou queria saber o que estava nos acontecendo. Um dia, nos abraçamos à noite e, quando percebemos, já estava amanhecendo." - Marla de Queiroz
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
- sobre equações de primeiro, segundo e todos os graus...
"Não há fórmulas para o amor. Não há manual de instruções. Não há pré-requisitos. O que você acha infantil em alguém, você acha doce na pessoa que você ama. O que você acha sem graça em alguém, você ri bobo com a pessoa amada. Enquanto você pensa que alguém é idiota demais, quando há o amor você percebe que idiotas são os outros. Sem algum porquê ou razão especial. Seja por um furo no queixo ou por um belo par de olhos verdes. Mas não todos os olhos verdes. Aqueles dois olhinhos verdes por debaixo daquela sobrancelha fina que compõem todo o corpo do seu amor.
Não tem como destacar as qualidades que você mais procura em alguém. Se fosse assim, os que não bebem, não fumam e gostam de John Mayer teriam filas enormes em sua porta com pedidos de namoro. Assim como, também, você percebe que quem você ama não gosta de The Big Bang Theory, mas você está tão apaixonado por aquela pessoa que ignora o fato dela não rir das piadas mais divertidas do mundo.
Na escola, a gente aprende mil coisas desnecessárias, regra de três, valor X e calcular a hipotenusa. Mas não há uma aula sobre o amor. Não há o bê-a-bá. A gente ama e só. Talvez, uma coisa ou outra em comum ajude também. Filmes do Cameron Crowe. Os contos do Gabito Nunes. As músicas do Jack Johnson. As pinturas do Salvador Dali. Mas essas coisas são apenas cartas na manga para quando o assunto acabar. O amor já estava ali, em silêncio, entre um sorriso e outro. Entre uma troca de olhares ou outra coisa qualquer.
O amor precede o amar.
O amor é como se molhar antes do mergulho. É como saciar a fome antes do jantar. Amor é salivar. Não há livros de receitas. Não há bíblia. Não há religião que explique. Amor é um sonho que a gente sonha acordado. Amor é andar de mãos dadas mesmo com quilômetros de distância separando os amantes. E saber que pertinho pode até causar saudade.
Amor é dormir de conchinha, mesmo odiando os fios de cabelo voando em teu rosto. Amor é dizer “sim” quando quer dizer “sim”. E saber dizer “não” quando quer dizer “não”.
E amor é, também, mudar de opinião.
Nunca teremos respostas exatas sobre o motivo que um relacionamento deu certo e outro não. Há ciúmes. Há brigas. Há sorrisos. Há beijos. Há mil coisas que atrapalham e mil coisas que ajudam um casal. Mas não há peças perfeitas que se encaixam. Amor não é um quebra-cabeças. Relacionamentos dão certos porque era você e porque era aquela pessoa. E só. Por alguma razão, você saiu de casa sem se arrumar querendo apenas ir na padaria. Quando vê, voltou para casa, esqueceu os pães, mas caminhou sorrindo por ter encontrado alguém de All Star cano alto e olhos pequenos do jeito que você gosta.
Pronto, nasceu o amor. Sem motivos astrológicos ou algo assim.
A gente não sabe o porquê de tremer todo quando ele-ou-ela faz aquela cara fechada, franze a testa e tudo fica tão sexy que não conseguimos mais pensar em nada. Nunca teremos a resposta se há razão química-ou-física-ou-sei-lá-qual por gostarmos tanto daquele perfume encontrado no meio das costas de quem a gente ama. Aquele cheiro. Aquele local. Tão único quanto um trevo de quatro folhas. E, não, o amor não é sorte.
Sorte é de quem ama e é amado."
Hugo Rodrigues
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
"Tenho mais silêncios do que segredos. Sou apenas uma resposta atrasada de alguém, a canção inapropriada da madrugada, o livro mais demorado de alguma estante. Sobre mim apenas o distante, o toque que não alcança, a muralha que divide. Ontem eu fui uma menina que fui roubada de sonhos, uma mulher que amadureceu das precipitações sobrepostas. Nem sempre a vida é justa, nem sempre nos devolve as respostas e passamos sendo apenas interrogações. Não tenho conversas interessantes, antes sou um poço de irrelevantes poemas. Tracei um caminho, mas caminhei por um desvio, sempre a própria beira. Não ofereço nada, do pó que vim, morrerei voando em poeira. O que deixarei saber sobre mim é que de alguma forma tenha amado a vida ou alguém, sem detalhes além. Uma mulher não diz quem escolheu para amar. Ela vive um amor a dois, a sós." - Cáh Morandi
por Negahamburguer |
domingo, 1 de dezembro de 2013
Lívia - melhor definição:
Destra e míope, é libriana com ascendência em Câncer (o que isso significa?).
Patriota, brasiliense, porém mineira honorária, é doadora de órgãos e tecidos.
Pouca intimidade com números, grafia personalíssima, é Advogada em horário comercial.
Trufa de licor, Coca Zero no canudo, café da roça e picolé de limão. Também aprecia a cerveja no copo lagoinha, a Caipirinha das Gerais e a Cuba de Fidel.
Prefere mãos e montanhas, doces aos salgados e Tulipas, sempre.
Ouve Chico Buarque e moda de viola; assiste a documentários, mas não acompanha novelas.
Sarcástica e irônica na dosagem, é auto-crítica e implicante sob medida.
Despreza o tédio, enaltece a solidão, e, saudosista, ouve Legião.
Discute política, religião e futebol.
Noite, frio, música na vitrola e boa companhia.
Defende a educação da/para a massa e a cultura popular brasileira.
Cultua o bom vernáculo, porém não despreza um palavrão quando bem empregado, p*rra!
Usa gírias demodés, bicho!
Sabe concluir.
[... ]
L.C.
Patriota, brasiliense, porém mineira honorária, é doadora de órgãos e tecidos.
Pouca intimidade com números, grafia personalíssima, é Advogada em horário comercial.
Trufa de licor, Coca Zero no canudo, café da roça e picolé de limão. Também aprecia a cerveja no copo lagoinha, a Caipirinha das Gerais e a Cuba de Fidel.
Prefere mãos e montanhas, doces aos salgados e Tulipas, sempre.
Ouve Chico Buarque e moda de viola; assiste a documentários, mas não acompanha novelas.
Sarcástica e irônica na dosagem, é auto-crítica e implicante sob medida.
Despreza o tédio, enaltece a solidão, e, saudosista, ouve Legião.
Discute política, religião e futebol.
Noite, frio, música na vitrola e boa companhia.
Defende a educação da/para a massa e a cultura popular brasileira.
Cultua o bom vernáculo, porém não despreza um palavrão quando bem empregado, p*rra!
Usa gírias demodés, bicho!
Sabe concluir.
[... ]
L.C.
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