Cenho sereno.
Olhos que fitam o tapete da sala de estar.
Mãos que traçam a rota do indicador.
Da boca, discreto respirar.
Ombros magros, ossos vivos.
Peitos pouco generosos, à espera da primeira mamada.
O quadril de donzela, ah, a espera da primeira trepada...
Joelho marcado pela queda do pé de goiaba.
Um laço de fita a amarrar a fina canela.
Nos pés, o cultivo de bichos para coçar em dias de calor.
Da vida pouco especulava; sonhos são para quem se dá ao desfrute do amor.
L.C.
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