Vestiu sua menor calcinha e sobre ela a meia arrastão; havia depilado somente a virilha no dia anterior.
Conferiu a cinta-liga: em perfeita ordem.
O salto era 15 e em couro vermelho para combinar com o esmalte rebu.
A saia encobria o estritamente necessário. Um passo mal dado e perdia-se o estritamente.
Pela transparência da blusa via-se o detalhe em strass da nova lingerie.
E um par de seios trabalhado no silicone, habitat recente de um piercing a cravar o mamilo.
No colo, o ouro ofuscaria um cego.
Na boca, um rosa pouco discreto.
Nos olhos, uma sombra prata sob pestanas alongadas.
O espelho refletia sua soberba.
Estava pronta para a liturgia da missa de domingo.
L.C.
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