sábado, 30 de novembro de 2013
"Prefiro esbanjar emoções. Mesmo que doa. Mesmo que, um dia, eu possa me arrepender. Meus arrependimentos duram pouco, alguma coisa me cutuca e diz olha, que bom que você fez. Que bom que você teve coragem. Que bom que você sente. Que bom que você tenta. Tentar é se arriscar. E tudo na vida tem metade de chance de dar certo. E a outra metade? De dar errado. Mas não é poupando que você saberá." - Clarissa Corrêa
"Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza. Qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade. Um molejo de amor machucado. Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e para ser só perdão." - Vinicius de Moraes
“ Não que a vida de solteira seja uma desgraça ou coisa assim. Mas não há lugar nenhum neste mundo mais confortável do que as mãos da pessoa amada. Eu entendo que muitas pessoas se trancam para o amor não entrar. Mas, agora, eu aconselho a todos a se trancarem, apenas, para o amor não sair.” - Hugo Rodrigues
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
"Eu? Eu não sou somente boa. Sou uma pessoa muito bonita. Generosa e linda – e quem aguentar, aguentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu." - Fernanda Young
"No fundo, mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?" - Tati Bernardi
“Foi esperando quase nada que um quase tudo apareceu. Simples como um fim de tarde. No começo era medo, incerteza, insegurança surgindo como relâmpago no céu. Depois, uma sensação de pertencimento, de paz, de alegria por encontrar um sentimento desconhecido, mas que fazia bem. Não teve espumante, holofote, tapete vermelho. Foi simples como um fim de tarde. Algum frio na barriga, interrogações deslizando pelas mãos suadas, uma urgência em saber se aquilo era ou não pra ser. É que um dia alguém nos ensina que quando é pra ser a gente sente.” - Clarissa Corrêa
"Não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita. Não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras." - Fabrício Carpinejar
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
"O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida. Ela quer o que não tem nome. Quer rir sem saber de quê, passar horas sem notar, quer o silêncio e a falação. Ela quer bobagem. Quer o que não serve pra nada. Quer o desejo, que é menos comportado que a vontade. Ela quer o imprevisto, a surpresa, o coração disparado, o medo de ser bom. Quer música, barulho de e-mail na caixa, telefone tocando. Ela tem muito e quer mais. Quer sempre. Quer se cobrir de eternidade, quer o oxigênio do risco pra ficar sempre menina. Ela quer tremer as pernas, beijo no ponto de ônibus e a milésima primeira vez. Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é tão simples. Só que ela não é desse mundo." - Cris Guerra
"Estou muito feliz. Por nada em especial. Por tudo que é especial. Mas, principalmente, porque sou uma ótima companhia para mim mesma… Cuido do meu tempo, respeito meus sentimentos e sei perceber aprendizados em situações aparentemente negativas. Aprendi a ousar e escolher rotinas novas, ritualizo fins e começos e, sobretudo, amo pessoas com transparência e verdade. Porque amo como quem não necessita, apenas porque escolhi que fosse assim." - Marla de Queiroz
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
“Preciso admitir, sou muito irônica, e grossa as vezes, um pouco meiga de vez em quando. Gosto do meu lado apaixonada, mas quase nunca aparece. E meu lado safado chega a me assustar. Protetora e ciumenta ao extremo. Tenho um gênio difícil e um temperamento forte. As vezes sou barraqueira, outras, calma até demais. Dura como uma pedra e frágil como um vidro. Um poço de orgulho, e mais conhecida como a rainha do drama, essa sou eu. E sabe o que mais me assusta? Ainda tem gente que gosta.” - Tati Bernardi
"Não preciso migalhar atenção quando invisto na minha vida, me trato como devo ser tratada e não me submeto ao que não me nutre. Eu me comprometo comigo diariamente, e esta é a relação mais especial que eu poderia construir. O que não recebo do Outro, porque ele não pode me dar ou porque não quer, é natural e compreensível. Cada um precisa crescer para si mesmo e eu escolho estar inteira com pessoas inteiras. Não preciso migalhar o que faço próspero em mim. Esperar que me deem o que necessito é insultuoso e egoísta: seria como procurar atalhos e não querer perder nenhum nuance de paisagem da estrada inteira. Seria não querer caminhar, mas ser carregada no colo e não parecer um peso. Não preciso estar onde não encontro algum conforto, alguma paz. Não preciso manipular sentimentos para despertar no Outro culpa ou responsabilidades que são minhas. Eu posso me fazer feliz e compartilhar esta felicidade com um parceiro, mas não posso cobrar dele o meu bem-estar: isto não é troca, é codependência. Não preciso migalhar absolutamente nada desde que aprendi a me proporcionar verdadeiros banquetes. Desejo boas notícias." - Marla de Queiroz
"Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é." - Fernanda Mello
"Se tem uma coisa que eu sei nesse mundo é de mim. Me conheço. No meu corpo tem cromossomos de uma zebra africana. Estou sempre fugindo dos leões. Algumas pessoas escolhem ser livres. Outras não têm chance de escolha, apenas são. E nunca mudam, mesmo que queiram. É uma questão de fase: paixão não revelada é paixão morta, amor não demonstrado é amor morto. Só mais uns dias e pronto. Estarei oficialmente no limbo, na liberdade anestésica de absolutamente nada sentir." - Gabito Nunes
“Eu precisei percorrer muito caminho para entender que um dos maiores tesouros da vida humana, talvez o mais precioso, é a capacidade essencial de sentir amor e saber expressá-lo. E que boa parte das confusões, das discórdias, das invejas, das doenças, das armadilhas, surge da profunda dor que causa a temporária incapacidade de descobrir onde ele está.” - Ana Jácomo
domingo, 24 de novembro de 2013
“Eu gosto de quando a felicidade não se anuncia. Ela vai invadindo, chegando sem pedir, tomando conta, deixando o ar leve e contaminando. Desse jeito, não há tempo para sentir medo ou frear. Quando vê, já se é feliz! Sente-se que é feliz. Não se corre o risco de estragá-la antes do momento ou fechar as portas para ela. Ninguém a vê. Ela é invisível demais para os nossos olhos descrentes. Por isso, gosto do jeitinho atrevido dela de chegar sem ser percebida. Gosto de um dia descobrir que aquele sorriso sem motivo, é só a felicidade.” - Camila Costa
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
"Qual o sonho da alma?", por Fábio Chap
Acordou no meio de um sonho; não sabia o que era ontem e o que será amanhã. Só sabe o que é o agora.E o agora não aceita menos do que tudo que a alma quer.
De começo, assustada pelo novo momento que a vida proporcionava, mas aliviada por deixar pra trás todo peso dos julgamentos de quem não estava na pele dela.
Deu tchau pro falador – que passa mal – e foi ser feliz. Tomou cerveja a noite inteira. Dançou com os bons de passo e se permitiu flerte e aperto com os bons de papo. Não tinha mais hora pra voltar. Foi realizar os sonhos que tinha no corpo e no olhar. Desligou o celular e os preconceitos. Naquela noite beijou homens, mulheres e não tentou encontrar o sentido da vida. Desistiu desse papo bobo de pé no chão, afinal, já disseram por aí: ‘quem faz sentido é soldado’.
Incrivelmente esse dia não teve ressaca. Acordou em outra cidade. Topou viajar para as montanhas com um homem cerca de dez anos mais velho. Quando levantou da cama, sorriu. Não se importava com o que havia decidido ontem, nem com o que precisaria escolher amanhã. Deu valor para o primeiro pé que tirou da cama. Sabia que aquele era o pé que lhe conduziria à mulher que sempre quis ser: mais livre até do que os passarinhos que curtia desenhar.
Ela gostava do infinito, não tinha vergonha do sorriso bonito. Por amar sorrir, pouco a pouco desistiu da vida que lhe ensinaram a levar. Foi ensinar seu corpo a seguir os passos que a mente imaginava. Largou emprego, namorado machista e mãe autoritária. Foi pra praia, mas também foi pro campo. Foi pra Londres, Amsterdã e pra Amazônia. Visitou o Egito e namorou um alemão. Aprendeu um pouco de francês, a dormir em redes e acordar abraçando. Leu os livros que não tinha lido e assistiu o pôr do sol amando quem ela se tornou.
Se – hoje – alguém lhe diz o que fazer, ela responde: ‘obrigada pelo conselho.’ Deita no seu travesseiro e fala pra si mesma:
‘É isso que minha alma quer? Vim nessa vida não pra aceitar o que é imposto, mas pra amar o que é exposto na superfície dos meus desejos.
Qual o teu sonho de hoje, alma?’
Qual o teu sonho de hoje, alma?’
"Eu sobrevivo às frustrações e me responsabilizo pelas minhas desistências. A minha adaptabilidade foi conquistada através de uma profunda reflexão, o que não quer dizer que eu aja por conveniência se não estiver em consonância com a minha essência. Pode parecer arrogância: tantas coisas se parecem com o que não são. Não abrevio minhas emoções, não interrompo meus desejos, sou objetiva nas minhas querências. Não banalizo minhas angústias e sofro como qualquer ser humano por questões tão corriqueiras como rejeição e todas estas coisas que nos fazem olhar para a vida, por um instante, com certo cansaço e desânimo. Mas corro os riscos e banco a minha história, pois a escrevo e reescrevo quantas vezes for preciso. Por isso, antes de me julgar, faça as pazes contigo." - Marla de Queiroz
"Nem sempre consigo ser tão equilibrada, ponderada e organizada quanto gostaria. Alguns dias são bem perturbadores e nunca sei direito como lidar com eles. De certa forma resisto um pouco em dar o braço a torcer para a falha. Eu não sei perder, tampouco gosto de não ter razão. Um lado orgulhoso ainda tem muito o que aprender sobre os precipícios. Nem sempre quero cair, às vezes, mesmo torta, exausta e me arrastando quero continuar andando. Preciso aprender a me deixar levar, a aceitar que chega um momento em que a gente perde a força e a própria verdade. Mas sou turrona, durona, não desisto tão fácil. Juro que quando bate o desânimo eu o aceito, acolho, beijo, abraço e mando embora. Muitas vezes o desânimo só quer um carinho, por isso faz essas visitas inesperadas." - Clarissa Corrêa
"Quem nunca passou da conta?", por Ricardo Coiro
Confesso que bebi além da conta, mas, e daí? Quem nunca bebeu, amou, acreditou, pensou, agiu, falou, calou ou errou, além da conta? Quem de nós está imune à constante incompreensão dos limites? Quem de nós, ao menos uma vez, foi capaz de descobrir o que existe depois do muro sem nunca tê-lo ultrapassado? Quem de nós foi capaz de acreditar na existência da consequência sem,
por curiosidade, desatenção ou displicência, precisar marcar um encontro arriscado com a causa?
Fui obrigado a sentir o gosto do sangue para saber que precisava aprender a desviar do murro. Precisei conhecer alguns Judas para descobrir que poucas juras são realmente verdadeiras. Para entender que os dizeres, por mais belos que pareçam, podem não passar de mentiras, algumas vezes, tive que esbarrar em beijos inescrupulosos e com a boca de quem amava na boca de sabe-se lá quem. Mas, se quer saber, e daí? Depois de vomitar até me desfazer da última tripa, de chorar até perder a última lágrima e de sangrar até secar a última veia, percebi que o coração não sai pela boca. Nunca.
" 'Gostosa'. Você sabe como isso é gostoso quando se fala bem pertinho do ouvido. Nisso guardo a minha melhor voz acompanhada daquele sussurro que arrepia. Um arrepio necessário para deixar o outro lado do seu pescoço desprotegido. Seu ponto fraco sempre foi o ouvido, já eu sempre fui bom com a boca. Beijos acompanhados de mais beijos, acompanhados de outros beijos que assim formaram um caminho do seu pescoço até a boca. Caminho necessário para eu me perguntar: para que beijar só a boca se eu tenho o corpo todinho? Então depois de tudo isso te jogo na cama, coloco tuas pernas no meu ombro e fim, ganhei. Ganhei um olhar que poderia me dizer tudo, mas no fundo só queria me dizer uma coisa: de novo." - Frederico Elboni
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
"Não sabia direito se devia, se era certo. Mas em nenhuma biografia romântica é possível premeditar acertos ou equívocos, não existem registros ou algo para comparar na mesma existência. A gente faz e vê depois. Não existe pessoa certa ou vida errada. Simplesmente nos impulsionamos em direção ao primeiro sinal de amor compartilhado, alguma fagulha ou sensação que utopicamente nos distancie da morte, rejuvenesça, preste algum significado ao ato natural de trocar o ar dos pulmões." - Gabito Nunes
"Tem palavra que tem cheiro, gosto e cor. Palavra que tem vida própria; escrevi BORBOLETA e ela - a palavra - quase voou. Tem palavra que faz gesto, que faz cócegas e faz viver. E tem aquelas que te assopram e, como se fizesse parte do vento, você se dissolve e vai para longe, bem longe, sem chance de voltar. Palavras nos tiram coisas e nos devolvem. Mudam sentimentos, sensações, muda você e mudam a mim. Porque tem palavra que não termina, mesmo quando o que sobra é silêncio... No peito, o eco dela é eterno." - Camila Heloise
terça-feira, 19 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
“Quero um amor sossegado. Alguém para me abraçar, assistir um filme, jogar baralho, viajar, conversar, contar o dia, fazer cafuné, dar apoio, confortar. Quero troca, carinho, respeito, cumplicidade. O amor é uma amizade sem inveja. É um sonho com realidade. É uma realidade sem photoshop. O amor é um abraço apertado, um olhar que se encontra, um silêncio que não incomoda, um barulho de onda, um gosto bom. Não tem serenata, mas tem bilhetinho dentro da bolsa. É rotina, cansaço, discussão, divergências de opinião. Mas, acima de tudo, tem paciência. E vontade.” - Clarissa Corrêa
"[...] Ela gosta de música, dias bonitos, brisa do mar, sol, frio, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver “teorias” malucas, filmes, viajar, chocolate, você. No meio disso tudo você sabe quem ela é e como se sente. Ela gosta do seu jeito manso e doce. Do seu lado carente e delicado. E da sua postura de homem firme. E tem ciúmes de você. Ela gosta das suas palavras carinhosas e do seu lado divertido. Do seu jeito infantil de não saber lidar com pequenos contratempos. De como você fica cheio de manha quando está doente. De você como um todo." - Clarissa Corrêa
“[...] Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.” - Clarissa Corrêa
"Não me dê flores, chocolates, ursinhos de pelúcias ou todas essas coisas. Me dê cartões. Escreva coisas estúpidas e bobas que me farão rir como uma criança. Depois disso, compre flores, chocolates e ursinhos. Você pode me dar um helicóptero todo rosa pink com minhas iniciais na porta, mas se não tiver um cartãozinho surpresa com teus garranchos, não será a mesma coisa, entende?" - Hugo Rodrigues
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
"Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos." - Marla de Queiroz
"Tá, a gente pode não se ver mais. Ok. Tudo certo. Dobre a esquina, invada outros corpos e nem fique se perguntando se eu tomei meu remédio, como vai minha avó, meu cachorro, minha faculdade, a Zélia Duncan ou todas essas questões estúpidas que você adorava me perguntar só pelo prazer de cuidar de mim e demonstrar interesse em minhas histórias. Ok, vai lá. Mas e se eu lembrar de você até nas coisas mais idiotas? Um chinelo virado. Alguém pedindo pizza-de-calabresa-sem-cebola. Um short antigo do Flamengo. Meias pretas por debaixo da cama. Porta do banheiro aberta. Sei lá. E se eu lembrar, faço o quê?" - Hugo Rodrigues
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