sábado, 4 de janeiro de 2014
"Aproximo-me desse pouso sem chão cheio, falso e ondulante. Todo meu silêncio pelo teu sossego, que não é esse – vítreo e temporal – mas, aquele, suave e estampado (brisa de maio entardecendo cenários). Sem trocos, trocas nem voltas. Todo meu silêncio pelo teu sossego para atravessar o verão, quiçá a tua ausência que arrebenta vestidos e novembros. E o meu corpo pela tua pele desfiada, caiada entre as sedes. Todo o meu adiante por qualquer trecho de primavera sua, já folheada – milagre enfeitando as paredes do ano. Não fosse o coração me parindo e me esculpindo e me alinhando em ondas, deixaria-me, então, para que durasses mais esse ponteiro, mais esse durante, mais amor-sinônimo-daquele, que não é esse…" - Priscila Rôde
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sabe um nózinho na garganta? Sabe sim....
ResponderExcluir=)