domingo, 30 de setembro de 2012

"Pessoas, como cidades, devem dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas, devem nos fazer querer voltar." - Martha Medeiros


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Pois o que dá valor à viagem é o medo. 
Ele quebra em nós uma espécie de cenário interior. Não é mais possível trapacear – ocultar-se por trás do horário do escritório e do canteiro de obras (esses horários contra os quais protestamos tão alto e que nos defendem com tanta segurança do sentimento de estar só). 
Assim é que sempre tive vontade de escrever romances em que meus personagens diriam: “Que seria de mim sem meu horário do escritório?” 
ou, ainda: "Minha mulher morreu, mas, por sorte, tenho um monte de expedientes para redigir amanhã.” 
A viagem nos tira este refúgio. Longe dos nossos, da nossa língua, arrancados de todos os nossos apoios, privados de nossas máscaras (não se conhece o preço da passagem de bonde e tudo é assim), estamos totalmente na superfície de nós mesmos.

Albert Camus

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria." Jorge Luis Borges


Não sei o que é pior; não ter os lido ainda ou não tê-los.

"Dizem que a vida é assim: cinco sentidos em mim." - Arnaldo Antunes

sábado, 29 de setembro de 2012

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"O coração, se pudesse pensar, pararia." - Fernando Pessoa


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Quero te dizer que muito mais importante que ter alguém é ter paz. Muito mais importante que ter alguém é saber lidar com você mesma. É se gostar, se curtir, se suportar, se superar todo dia… Muito mais importante que ter alguém é estar todo dia verdadeiramente apaixonada pelo “alguém” mais importante da sua vida: você mesma.


Clarissa Corrêa

pílula de Caio


Me dei mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios.
Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora.
Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz.
Descobri tantas coisas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo.
Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto.
Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa.
Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.

Caio F.


sábado, 22 de setembro de 2012

"Não é de repente, é aos pouquinhos que as coisas acontecem." - Caio Fernando Abreu


Lívia descrita por Jaya


Não sei o que esperar. Espero tudo. Quero tudo.
E vou.
De mãos dadas com o que sinto, nunca soube me economizar.
Vai ver, assim, eu acabe sendo possível.
Minha caneta é sempre Azul.
Jaya Magalhães

Carpinejando...



Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, que realmente envelheça comigo. Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão dos meus irmãos. Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer. Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens. Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o café desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado como se ainda fosse perfume. Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educado a ponto de estendê-lo no cabide. Espero encontrar uma pessoa que me torne novamente necessário.
Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Se ninguém nos perdoar, a gente se manda. Se você não suportar minha companhia, a gente se ajeita. Se isso nos matar do coração, a gente se assopra. Se for passageiro, a gente se poupa. E se não for tudo que a gente espera? 
Sei lá, é muito tarde pra saber.
Gabito Nunes

domingo, 9 de setembro de 2012

Lívia descrita por Caio - tão mEU! - Abreu






Também já não tenho aquelas queixas infantis, na base do “tudo dá errado pra mim”ou autopunições como “eu sou uma besta, faço tudo errado”.
Nada é errado, quando o erro faz parte de uma procura ou de um processo de conhecimento.
- Caio Fernando Abreu

de.arrepiar.pêlos.e.coração


meus sinÇeros sentimentos...


para memorizar tal como tabuada:



O amor não tem fórmula, mas eu acho que o amor tem que fazer rir, tem que ter graça. A graça tem que entrar na hora em que as coisas ficam mais pesadas, mais sérias, mais sem saída. É que nem sempre tudo é bom e caminha bem. O amor de vez em quando anda na corda bamba. Ele tropeça, quase cai, mas fica em pé. Porque ele precisa ser trabalhado, não basta amar e pronto. O amor tem rotina, tem ronco, tem louça suja, tem conta que vence, tem tapete do banheiro molhado, tem tampa da privada levantada, tem bagunça no meio da sala, tem roupa pra lavar, tem cocô do cachorro pra juntar, tem ciúme, tem briga, tem sujeira, tem toalha molhada na cama, tem comida no forno, tem copo vazio na mesa de centro, tem discussão por besteira, tem calor, tem frio, tem sede, tem fome.

Clarissa Corrêa


porque sou brasileira

herbal-kids:

love the shadow of the dream catcher

Meus espaços vazios. Minhas contradições contundentes. Subdesenvolvidas. Subdesenvolvido. [...] 
Construo minhas brasílias de uma hora para outra mas não moro nelas: resido no fulgor do cabaré, na alienação do auditório, 
na perplexidade da esquina.

"Brasil brasileiro", Paulo Mendes Campos

Oração ao Velho Amor


TumblrPorque te peço, Senhor, que aqueles velhos olhos não esqueçam a primeira vez em que trocamos para além de olhares, cumplicidade.
Que ele se recorde do nosso primeiro beijo perfumado pelo café. E de todos os seguintes perfumados pelo amor.
Que aquela voz, antes firme, hoje porém de timbres fragilizados, balbuciem o meu prenome, ainda que não alcance o nosso nome como casados.
Das nossas muitas dificuldades, e da nossa parceria em vencê-las uma a uma.
Das nossas alegrias, seguidas por todos os nossos merecidos sorrisos.
Que aquelas mãos trêmulas recordem dos toques, afagos e do balançar do berço das crianças.
Recorde do troféu recebido pelo terceiro lugar no judô do primogênito. E do murmurar da caçula quando da sua primeira decepção de amor. Do uivo do Totó em dias de lua cheia. E do ruído do motor do carro a quebrar na viagem de fim de ano para Niterói. 
Que ele não se permita esquecer da emoção sentida na formatura do seu judoca. E de como a sua pequena estava radiante vestida de noiva!
De como sabemos discutir política, futebol e religião sem brigas. Das palavras-cruzadas a dois. Dos primeiros fios brancos de cabelo, e da melhor invenção humana em forma de comprimido azul. Hihihi...
Que não se esqueça que juramos adoecermos de males que tenham cura. E que se assim não possa ser, cada um a seu tempo, para ele cuidar de mim, e eu cuidar dele.
E, em não havendo a eternidade, que ele não se esqueça, ó Senhor, da jura que fizemos de um esperar pelo outro seja lá onde for.
Amém.

- E então chorou, quando por fim só lhe restou o último suspiro do seu amor.

L.C.


“Um carinho envolve o meu coração. Sinto que é você.” - Tiê

Take me away

pílula de Caio

“Maze”, de James Jean


Traças sinais cabalísticos no ar e dizes coisas, Sacerdotisa de Nada, lançando profecias como quem lança milho às galinhas.
A cabeça sempre um pouco baixa, para disfarçar a arrogância de ter sido A Grande Escolhida. Porca, porca, porca.
Cumpres com humildade tua Amarga Sina De Ser Assim Abnegadamente Superior. E te melas toda no visgo das estrelas, te encharcas de visões equivocadas.
Depois procuras o ponto de fogo entre as coxas, e só então suspiras, aliviada de tanta santidade.
Ainda continuas? Pára, te ordeno. Não tens esse direito.
Há mais. Onde? Tenho todos os direitos, só não suporto nenhum.
Como discipliná-los, agora? Pensei que se conseguisse estaria livre. Pensei que se denunciasse a perdição deles me livraria da minha.
Agora também me perdi.
Destinos, anúncios luminosos.
 Faz um esforço, vamos.
Apunhala, grita, arremata.
Xangô te guia, machado em riste.

"Triângulo das Águas", Caio Fernando Abreu.


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sábado, 8 de setembro de 2012

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Qual é a luz que brilha através daquela janela? 
 É o oriente, e Julieta ; é o Sol.

Ergue-te, ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua sacerdotisa, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber!

O seu olhar é que fala e eu vou responder-lhe… Sou ousado de mais; não é para mim que ela fala. Duas das mais belas estrelas de todo o firmamento, quando têm alguma coisa a fazer, pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas voltem. Oh! Se os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no Céu, lançariam, através das regiões etéreas, raios de tal esplendor que as aves cantariam, esquecendo que era noite. Vede como ela encosta a face à sua mão. Oh! quem me dera ser a luva dessa mão, para poder tocar a sua face.


“Romeu e Julieta”, William Shakespeare.

- oi?




FASCÍNIO. Sem mais.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

pílula de Caio


Eu já quis que o destino me surpreendesse. Quis muito! 



Hoje eu só espero que ele não me decepcione.
Caio Fernando Abreu

Da beleza de sentir Adele...


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me diz alguma coisa, vai. me fala tudo aquilo que eu ando louca pra ouvir da sua boca. sussurra, então. ou me ensina a receptar telepatia, essa língua que só os inteligentes e evoluídos e incógnitos e brancas-nuvens conseguem decifrar. porque eu já estourei minha cota de intuição. diz que me adora, que gosta de mim, que sente saudades minhas e uma vontade insana de me ver em plena quarta-feira. sei que não muda nada, mas eu preciso ouvir.


Gabito Nunes

sobre o 7 de setembro

minha parede merecia raul

Confesso-me

goela-a-baixo:

Porque a inteligência é afrodisíaca. 

Lívia descrita por Clarice Lispector




Sim, quero a palavra última que também é tão primeira que já se confunde com a parte intangível do real. ainda tenho medo de me afastar da lógica porque caio no instintivo e no direto, e no futuro: a invenção do hoje é o meu único meio de instaurar o futuro. Desde já é futuro, e qualquer hora é hora marcada. Que mal porém tem eu me afastar da lógica? Estou lidando com a matéria-prima. Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais. Estou em um estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo. [...] É um estado de contato com a energia circundante e estremeço. Uma espécie de doida, doida harmonia. Sei que o meu olhar deve ser o de uma pessoa primitiva que se entrega toda ao mundo, primitiva como os deuses que só admitem vastamente o bem e o mal e não querem conhecer o bem enovelado como em cabelos no mal, mal que é o bom.

'Água Viva'

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O amor vai até onde tem que ir. Até onde os dois quiserem. Até onde se propuserem a lutar. 
O amor dura para os fortes, para os que não têm medo de passar por obstáculos, por rotina, por empecilhos, por dificuldades e, também, por infinitas alegrias.


Clarissa Corrêa

Da escolha de eternizar o que de terno deixou quem amamos e se foi. Mas está.




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olheosmuros:

Matilha Cultural, São Paulo - SP

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ela é Border, cara!


- Ora razão, vez loucura, faz ressaltar a indecisão entre uma e outra.
- Amor para ela precisa de registro em cartório, certificado de validade, publicação em revista científica.
- Olha-se no espelho buscando ver não a si, mas a última capa de uma qualquer revista masculina. Não crê que os seus olhos, azul-turquesa ou após o despertar, hipnotizam; que os seus lábios têm contornos de boneca de louça, vermelhos da MAC ou cor de boca natural; que o seu colo dispensa sardas e demais comentários; que as suas mãos são pequenas e misteriosas; que todo o resto poderia ser descrito de uma forma tal a causar inveja nas muitas mulheres imortalizadas nas poesias de Vinícius de Morais!
- Normal nunca foi, e Oxalá não venha a ser! Ela é perfeita nas suas imperfeições!
- Se corta o pulso é para não fazer sangrar o coração. Mutila-se para fazer externar os seus muitos mistérios. Entenda como um ato de caridade com quem tenta - em vão - decifrá-la!
- Sente-se só vez que dispensa o Outro, porém pânico não tem da solidão; reconhece ser boa companhia até mesmo para si. Não sempre, afinal, ser-sentir-se-estar- segura não é um dos seus predicados.
- Um seu silêncio, um seu "ai, ui!", um bico qualquer, uma palavra mal colocada, para ela adquire contornos vis! Ora, para ela interpretar-lhe é uma missão de paz para o bem da pátria amada! E, para tanto, vale-se de suposições afirmadas como certezas, signos do zodíaco, bula de remédio, Facebook e novos posts do PB!
- Cuidado, você pode ir de bruxa a fadinha em um piscar de contos de fadas! Ok, perdoada, passo por Lobo Mau em sendo ela a Chapeuzinho!
- Provoca facilmente uma hemorragia de um sem-nome-de-quê... vacine-se! E não há band-aid colorido, ataduras em tom degradé, pontos cirúrgicos com linha rosa-bebê, ou qualquer espécie que consiga estancar tamanha hemorragia sentimental!
- Se a uma violência recupera-se, de uma surra de merecidos carinhos não passará ilesa! E ela não seria vítima da chamada 'Maria da Penha'; se permitem-me a licença poética/jurídica, a ela se aproxima outra Maria, a da Graça!
Impulsiva?! Não, não é! Quisera ser um pouco mais audaciosa, sem pudores e receios! Muito provável ter raízes mineiras ante a sua desconfiança costumeira... 
- Matar-se não conjugaria; basta matar a mim com seus muitos xises, "caram" e OISAOISAOISA!
- Ela é Border, diagnóstico fechado! 
E sem falsa modéstia, eu seria a sua melhor Acompanhante Terapêutica!

L.C.


Baseado nas informaçõoes: http://www.infoescola.com/psicologia/sindrome-de-borderline/

domingo, 2 de setembro de 2012

sobre outubro e ss


Quando setembro flor-ido, 




primavirá o verão!

Marla de Queiroz

"Seja ele como for, complicado, fugaz ou platônico, fica decidido: vou me submeter, quantas vezes forem necessárias aos intempéries do amor. Azar do estrago que faz, do parco tempo que dura, se sobram poucas canções do Cazuza pra ouvir sem zunidos [...]." Gabito Nunes

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Lívia descrita por Tati Bernardi


imprecise:

Ryan Michael



Não que eu seja diferente.
 Eu quero e preciso das mesmas coisas que as outras pessoas.
Trabalho, dinheiro, casa, amigos, amor.
A diferença é que eu quero mais que isso, mais que o trivial, que o comum.
Muito mais.



Tati Bernardi

Não Vá Se Perder Por Aí


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porque eu quero


Eu quero crescer. Juro, quero mesmo. Quero aprender línguas que não sei. Quero conhecer novas culturas, povos, lugares. Quero me desapegar do velho. Quero não me fechar para as mudanças e para o novo. Quero dar amor, afinal, é ele a grande essência da vida. Quero não acumular rancores nem alimentar mágoas. Quero aprender a me pedir desculpa. Quero abandonar algumas saudades. Quero aprender a conviver com o que não posso modificar. Quero me mover mais e mais e mudar o que está ao meu alcance. Quero pouco e quero muito. Quero nada e quero tudo. Quero esquecer o que precisa ser esquecido. Quero nunca deixar de sorrir. Quero aprender a descascar laranja. Quero perder o medo de trovão. Quero ir. E vir. Mas nunca, nunca mesmo, deixar de sentir.
Clarissa Corrêa