domingo, 30 de setembro de 2012
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Pois o que dá valor à viagem é o medo.
Ele quebra em nós uma espécie de cenário interior. Não é mais possível trapacear – ocultar-se por trás do horário do escritório e do canteiro de obras (esses horários contra os quais protestamos tão alto e que nos defendem com tanta segurança do sentimento de estar só).
Assim é que sempre tive vontade de escrever romances em que meus personagens diriam: “Que seria de mim sem meu horário do escritório?”
ou, ainda: "Minha mulher morreu, mas, por sorte, tenho um monte de expedientes para redigir amanhã.”
A viagem nos tira este refúgio. Longe dos nossos, da nossa língua, arrancados de todos os nossos apoios, privados de nossas máscaras (não se conhece o preço da passagem de bonde e tudo é assim), estamos totalmente na superfície de nós mesmos.
Ele quebra em nós uma espécie de cenário interior. Não é mais possível trapacear – ocultar-se por trás do horário do escritório e do canteiro de obras (esses horários contra os quais protestamos tão alto e que nos defendem com tanta segurança do sentimento de estar só).
Assim é que sempre tive vontade de escrever romances em que meus personagens diriam: “Que seria de mim sem meu horário do escritório?”
ou, ainda: "Minha mulher morreu, mas, por sorte, tenho um monte de expedientes para redigir amanhã.”
A viagem nos tira este refúgio. Longe dos nossos, da nossa língua, arrancados de todos os nossos apoios, privados de nossas máscaras (não se conhece o preço da passagem de bonde e tudo é assim), estamos totalmente na superfície de nós mesmos.
Albert
Camus
sábado, 29 de setembro de 2012
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Quero te dizer que muito mais
importante que ter alguém é ter paz. Muito mais importante que ter alguém é
saber lidar com você mesma. É se gostar, se curtir, se suportar, se superar
todo dia… Muito mais importante que ter alguém é estar todo dia verdadeiramente
apaixonada pelo “alguém” mais importante da sua vida: você mesma.
Clarissa Corrêa
pílula de Caio
Me
dei mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo
abrir meu coração sem rodeios.
Sim,
amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sonhei com casinhas, jardins e
filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora.
Houve
uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz.
Descobri
tantas coisas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por
amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros
e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo.
Tenho
só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de
tudo o que sinto.
Sofrer
dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa.
Não
dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida
lá fora, me chama.
Caio
F.
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Lívia descrita por Jaya
Não sei o que esperar. Espero
tudo. Quero tudo.
E vou.
De mãos dadas com o que sinto,
nunca soube me economizar.
Vai ver, assim, eu acabe sendo
possível.
Minha caneta é sempre Azul.
Jaya
Magalhães
Carpinejando...
Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, que realmente envelheça comigo. Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão dos meus irmãos. Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer. Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens. Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o café desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado como se ainda fosse perfume. Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educado a ponto de estendê-lo no cabide. Espero encontrar uma pessoa que me torne novamente necessário.
Fabrício Carpinejar
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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domingo, 16 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
"Eu não temo a vida, eu a tenho em mim: vibrando, pulsante, uns dias destemperada, em outros dias picante. O que me importa é sentir meu coração bater por todo o corpo. E poder fechar os olhos se sentir saudades, ou abri-los bem para a sempre nova rotina chamada realidade. Eu não quero nada além do que mereço: caminhar serena dentro do meu poema, respeitar todo e quaisquer momento, saber utilizar meus aprendizados, amar e ser amada quando for meu tempo. Sei que passam a saudade e a tristeza e o entusiasmo que vivem comigo. Por isso, faço do transitório meus amigo. O que a vida exige de mim é constante aceitação e mudança_ para que eu continue sendo merecedora da minha Boa Sorte e valorize a cada dia mais a Esperança." Marla de Queiroz
domingo, 9 de setembro de 2012
Lívia descrita por Caio - tão mEU! - Abreu
para memorizar tal como tabuada:
O amor não tem fórmula, mas eu acho que o amor tem que
fazer rir, tem que ter graça. A graça tem que entrar na hora em que as coisas
ficam mais pesadas, mais sérias, mais sem saída. É que nem sempre tudo é bom e
caminha bem. O amor de vez em quando anda na corda bamba. Ele tropeça, quase
cai, mas fica em pé. Porque ele precisa ser trabalhado, não basta amar e
pronto. O amor tem rotina, tem ronco, tem louça suja, tem conta que vence, tem
tapete do banheiro molhado, tem tampa da privada levantada, tem bagunça no meio
da sala, tem roupa pra lavar, tem cocô do cachorro pra juntar, tem ciúme, tem
briga, tem sujeira, tem toalha molhada na cama, tem comida no forno, tem copo
vazio na mesa de centro, tem discussão por besteira, tem calor, tem frio, tem sede,
tem fome.
Clarissa Corrêa
porque sou brasileira
Meus espaços vazios. Minhas contradições contundentes. Subdesenvolvidas. Subdesenvolvido. [...]
Construo minhas brasílias de uma hora para outra mas não moro nelas: resido no fulgor do cabaré, na alienação do auditório,
na perplexidade da esquina.
"Brasil brasileiro", Paulo Mendes Campos
Oração ao Velho Amor
Porque te peço, Senhor, que aqueles velhos olhos não esqueçam a primeira vez em que trocamos para além de olhares, cumplicidade.
Que ele se recorde do nosso primeiro beijo perfumado pelo café. E de todos os seguintes perfumados pelo amor.
Que aquela voz, antes firme, hoje porém de timbres fragilizados, balbuciem o meu prenome, ainda que não alcance o nosso nome como casados.
Das nossas muitas dificuldades, e da nossa parceria em vencê-las uma a uma.
Das nossas alegrias, seguidas por todos os nossos merecidos sorrisos.
Que aquelas mãos trêmulas recordem dos toques, afagos e do balançar do berço das crianças.
Recorde do troféu recebido pelo terceiro lugar no judô do primogênito. E do murmurar da caçula quando da sua primeira decepção de amor. Do uivo do Totó em dias de lua cheia. E do ruído do motor do carro a quebrar na viagem de fim de ano para Niterói.
Que ele não se permita esquecer da emoção sentida na formatura do seu judoca. E de como a sua pequena estava radiante vestida de noiva!
De como sabemos discutir política, futebol e religião sem brigas. Das palavras-cruzadas a dois. Dos primeiros fios brancos de cabelo, e da melhor invenção humana em forma de comprimido azul. Hihihi...
Que não se esqueça que juramos adoecermos de males que tenham cura. E que se assim não possa ser, cada um a seu tempo, para ele cuidar de mim, e eu cuidar dele.
E, em não havendo a eternidade, que ele não se esqueça, ó Senhor, da jura que fizemos de um esperar pelo outro seja lá onde for.
Amém.
- E então chorou, quando por fim só lhe restou o último suspiro do seu amor.
L.C.
pílula de Caio
Traças sinais cabalísticos no ar e dizes coisas, Sacerdotisa de Nada,
lançando profecias como quem lança milho às galinhas.
A cabeça sempre um pouco baixa, para disfarçar a arrogância de ter
sido A Grande Escolhida. Porca, porca, porca.
Cumpres com humildade tua Amarga Sina De Ser Assim Abnegadamente
Superior. E te melas toda no visgo das estrelas, te encharcas de visões
equivocadas.
Depois procuras o ponto de fogo entre as coxas, e só então suspiras,
aliviada de tanta santidade.
Ainda continuas? Pára, te ordeno. Não tens esse direito.
Há mais. Onde? Tenho todos os direitos, só não suporto nenhum.
Como discipliná-los, agora? Pensei que se conseguisse estaria livre.
Pensei que se denunciasse a perdição deles me livraria da minha.
Agora também me perdi.
Destinos, anúncios luminosos.
Faz um esforço, vamos.
Apunhala, grita, arremata.
Xangô te guia, machado em riste.
"Triângulo das Águas", Caio
Fernando Abreu.
sábado, 8 de setembro de 2012
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Qual é a luz que brilha
através daquela janela?
É o oriente, e Julieta ; é o Sol.
Ergue-te, ó Sol
resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver
que tu, sua sacerdotisa, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras
mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são
doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha
dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber!
O seu olhar é que fala
e eu vou responder-lhe… Sou ousado de mais; não é para mim que ela fala. Duas
das mais belas estrelas de todo o firmamento, quando têm alguma coisa a fazer,
pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas voltem. Oh! Se
os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor
da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria
envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no Céu, lançariam, através
das regiões etéreas, raios de tal esplendor que as aves cantariam, esquecendo
que era noite. Vede como ela encosta a face à sua mão. Oh! quem me dera ser a
luva dessa mão, para poder tocar a sua face.
“Romeu e Julieta”, William Shakespeare.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
pílula de Caio
Eu já quis que o destino me surpreendesse. Quis muito!
Hoje eu só espero que ele não me decepcione.
Caio Fernando Abreu
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me diz alguma coisa, vai. me fala tudo aquilo que eu ando louca pra
ouvir da sua boca. sussurra, então. ou me ensina a receptar telepatia, essa
língua que só os inteligentes e evoluídos e incógnitos e brancas-nuvens
conseguem decifrar. porque eu já estourei minha cota de intuição. diz que me
adora, que gosta de mim, que sente saudades minhas e uma vontade insana de me
ver em plena quarta-feira. sei que não muda nada, mas eu preciso ouvir.
Gabito Nunes
Lívia descrita por Clarice Lispector
Sim,
quero a palavra última que também é tão primeira que já se confunde com a parte
intangível do real. ainda tenho medo de me afastar da lógica porque caio no
instintivo e no direto, e no futuro: a invenção do hoje é o meu único meio de
instaurar o futuro. Desde já é futuro, e qualquer hora é hora marcada. Que mal
porém tem eu me afastar da lógica? Estou lidando com a matéria-prima. Estou
atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu
simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais. Estou em um estado
muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de
não poder pintá-lo ou escrevê-lo. [...] É um estado de contato com a energia
circundante e estremeço. Uma espécie de doida, doida harmonia. Sei que o meu
olhar deve ser o de uma pessoa primitiva que se entrega toda ao mundo,
primitiva como os deuses que só admitem vastamente o bem e o mal e não querem
conhecer o bem enovelado como em cabelos no mal, mal que é o bom.
'Água
Viva'
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O amor vai até onde tem que ir. Até onde
os dois quiserem. Até onde se propuserem a lutar.
O amor dura para os fortes,
para os que não têm medo de passar por obstáculos, por rotina, por empecilhos,
por dificuldades e, também, por infinitas alegrias.
Clarissa Corrêa
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Ela é Border, cara!
- Ora razão, vez loucura, faz ressaltar a indecisão entre uma e outra.
- Amor para ela precisa de registro em cartório, certificado de validade, publicação em revista científica.
- Olha-se no espelho buscando ver não a si, mas a última capa de uma qualquer revista masculina. Não crê que os seus olhos, azul-turquesa ou após o despertar, hipnotizam; que os seus lábios têm contornos de boneca de louça, vermelhos da MAC ou cor de boca natural; que o seu colo dispensa sardas e demais comentários; que as suas mãos são pequenas e misteriosas; que todo o resto poderia ser descrito de uma forma tal a causar inveja nas muitas mulheres imortalizadas nas poesias de Vinícius de Morais!
- Normal nunca foi, e Oxalá não venha a ser! Ela é perfeita nas suas imperfeições!
- Se corta o pulso é para não fazer sangrar o coração. Mutila-se para fazer externar os seus muitos mistérios. Entenda como um ato de caridade com quem tenta - em vão - decifrá-la!
- Sente-se só vez que dispensa o Outro, porém pânico não tem da solidão; reconhece ser boa companhia até mesmo para si. Não sempre, afinal, ser-sentir-se-estar- segura não é um dos seus predicados.
- Um seu silêncio, um seu "ai, ui!", um bico qualquer, uma palavra mal colocada, para ela adquire contornos vis! Ora, para ela interpretar-lhe é uma missão de paz para o bem da pátria amada! E, para tanto, vale-se de suposições afirmadas como certezas, signos do zodíaco, bula de remédio, Facebook e novos posts do PB!
- Cuidado, você pode ir de bruxa a fadinha em um piscar de contos de fadas! Ok, perdoada, passo por Lobo Mau em sendo ela a Chapeuzinho!
- Provoca facilmente uma hemorragia de um sem-nome-de-quê... vacine-se! E não há band-aid colorido, ataduras em tom degradé, pontos cirúrgicos com linha rosa-bebê, ou qualquer espécie que consiga estancar tamanha hemorragia sentimental!
- Se a uma violência recupera-se, de uma surra de merecidos carinhos não passará ilesa! E ela não seria vítima da chamada 'Maria da Penha'; se permitem-me a licença poética/jurídica, a ela se aproxima outra Maria, a da Graça!
Impulsiva?! Não, não é! Quisera ser um pouco mais audaciosa, sem pudores e receios! Muito provável ter raízes mineiras ante a sua desconfiança costumeira...
- Matar-se não conjugaria; basta matar a mim com seus muitos xises, "caram" e OISAOISAOISA!
- Ela é Border, diagnóstico fechado!
E sem falsa modéstia, eu seria a sua melhor Acompanhante Terapêutica!
L.C.
Baseado nas informaçõoes: http://www.infoescola.com/psicologia/sindrome-de-borderline/
domingo, 2 de setembro de 2012
Lívia descrita por Tati Bernardi
Não que eu seja diferente.
Eu quero e preciso das mesmas coisas que as outras pessoas.
Eu quero e preciso das mesmas coisas que as outras pessoas.
Trabalho, dinheiro, casa, amigos, amor.
A diferença é que eu quero mais que isso,
mais que o trivial, que o comum.
Muito mais.
Tati Bernardi
porque eu quero
Eu
quero crescer. Juro, quero mesmo. Quero aprender línguas que não sei. Quero
conhecer novas culturas, povos, lugares. Quero me desapegar do velho. Quero não
me fechar para as mudanças e para o novo. Quero dar amor, afinal, é ele a
grande essência da vida. Quero não acumular rancores nem alimentar mágoas.
Quero aprender a me pedir desculpa. Quero abandonar algumas saudades. Quero
aprender a conviver com o que não posso modificar. Quero me mover mais e mais e
mudar o que está ao meu alcance. Quero pouco e quero muito. Quero nada e quero
tudo. Quero esquecer o que precisa ser esquecido. Quero nunca deixar de sorrir.
Quero aprender a descascar laranja. Quero perder o medo de trovão. Quero ir. E
vir. Mas nunca, nunca mesmo, deixar de sentir.
Clarissa Corrêa
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