quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
"Nossos pensamentos não estacionam, nossos desejos variam, o certo e o errado flertam um com o outro, não há permanência, tudo é provisório, e buscar um porto seguro é antecipar o fim: a única segurança está na morte, será ela nosso único endereço definitivo. Durante o percurso da vida, tudo é movimento, surpresa e sorte." - Martha Medeiros
terça-feira, 27 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
porque...
Sempre
quis ser leve, sempre quis.
Muitas
vezes pareço um balão que sobe sem rumo, esgotado por acomodar as incertezas
mundanas.
E
dos caminhos que eu percorri, tentei carregar comigo só o que me trazia paz. Em
vão. Impossível passar por essa vida, sem alguns arranhões na alma.
Impossível
querer ser pluma, sem esbarrar nas tolices que se esfumaçam por entre o céu e o
inferno de sentir muito. E sinto. Demasiadamente, em cada pedaço desse meu
corpo que por tantas vezes se estraçalha entre um amor e outro.
Aí
eu vou seguindo assim. Colecionando saudade, e vontades envelhecidas, esquecidas
num cantinho qualquer de mim. E tento fugir de mim mesma na esperança de
diminuir um pouco o peso de ser eu. Não consigo. Arremesso o passado de cima
das nuvens, jogo cartas com os anjos, peço perdão por ser tão egoísta, por ser
dona de uma tonelada de inquietudes e divergências sentimentais.
Sou
pesada demais, carrego nos meus pequenos ombros toda a impaciência das linhas
que doem, onde cada vírgula é um ontem ou nunca mais.
Karla
Tabalipa e Ju Fuzetto
sábado, 24 de novembro de 2012
- gosto...
... da pilha de livros não lidos, dos presentes a aquisições parceladas no cartão.
Dos CD's riscados pelo desuso após o 4shared, mantidos para preservar as lembranças.
Do meu primeiro notebook,
aquisição primeira com a profissão e parceiro num grande amor.
Das tecnologias, nada como um SMS que me acorde na madrugada:
"não me esqueço de você; vide horas."
Gosto das minhas certezas contrariadas.
Das experiências ainda não vividas. Das sentimentos desconhecidos.
De ouvir, embora seja dada ao prazer de questionar.
De quem faz que me ignora e atenciosamente discorra sobre o que eu diga.
De carinho dado de graça, sem pretensões de retribuição.
De quem segue me amando, apesar de.
Gosto de dois meus óculos escuros quando revelam a minha maquiagem versão noite.
Dos meus esmaltes novos nas mesmas tonalidades dos já ressecados.
Das minhas bijuterias novas no mesmo estilo das já descascadas.
Dos cheiros das novidades, e da sensação de ser retrô.
Gosto das minhas mãos e da forma como as manejo.
Do meu pé torto pela falta ao Ortopedista.
Do meu olhar pequeno, ~
da herança míope, piscadelas com/sem charme, e das pestanas curtas.
Das sardas em fila no braço esquerdo: minhas três marias.
Gosto mais de alguns meus amigos em dias alternados.
Da primavera e do outono, e quando (não) se confundem.
Do dia nublado, do pseudo-frio e real ventania.
Do céu estrelado, e de imaginar que, assim como eu, tem alguém a admirá-lo.
Gosto de cartazes urbanos,
de semáforos que demoram a abrir
e de bancas de jornais que vendem cigarros de sabores.
Do café coado na hora,
de cheiro de terra-roxa
e de sequestrar os ovos sob o protesto da galinha.
Gosto de sorvete de cereja, de Chopp Brahma e Sucrilhos direto da caixa.
Brigadeiro de colher, pimenta biquinho e chantilly feito em casa.
De dormir tarde, acordar qualquer hora e voltar a dormir quando quiser.
Da parede do meu quarto, onde encosto-me e permito-me uma conchinha.
De horários para me (des)organizar. De ter semana para planejar e não cumprir.
Gosto das minhas estranhezas. Da minha solidãozinha. Da minha confusão para números.
Dos meus segredos. Da minha indisciplina. Do respeito indistinto.
De gente humana. De homem que saber ser homem, De mulher que faz drama.
De velho. De criança educada. De espírito evoluído.
De imaginar um céu para animais. De um deus com quereres. De um inferno Open Bar. Melhor: Open Food.
Amém.
L.C.
Dos CD's riscados pelo desuso após o 4shared, mantidos para preservar as lembranças.
Do meu primeiro notebook,
aquisição primeira com a profissão e parceiro num grande amor.
Das tecnologias, nada como um SMS que me acorde na madrugada:
"não me esqueço de você; vide horas."
Gosto das minhas certezas contrariadas.
Das experiências ainda não vividas. Das sentimentos desconhecidos.
De ouvir, embora seja dada ao prazer de questionar.
De quem faz que me ignora e atenciosamente discorra sobre o que eu diga.
De carinho dado de graça, sem pretensões de retribuição.
De quem segue me amando, apesar de.
Gosto de dois meus óculos escuros quando revelam a minha maquiagem versão noite.
Dos meus esmaltes novos nas mesmas tonalidades dos já ressecados.
Das minhas bijuterias novas no mesmo estilo das já descascadas.
Dos cheiros das novidades, e da sensação de ser retrô.
Gosto das minhas mãos e da forma como as manejo.
Do meu pé torto pela falta ao Ortopedista.
Do meu olhar pequeno, ~
da herança míope, piscadelas com/sem charme, e das pestanas curtas.
Das sardas em fila no braço esquerdo: minhas três marias.
Gosto mais de alguns meus amigos em dias alternados.
Da primavera e do outono, e quando (não) se confundem.
Do dia nublado, do pseudo-frio e real ventania.
Do céu estrelado, e de imaginar que, assim como eu, tem alguém a admirá-lo.
Gosto de cartazes urbanos,
de semáforos que demoram a abrir
e de bancas de jornais que vendem cigarros de sabores.
Do café coado na hora,
de cheiro de terra-roxa
e de sequestrar os ovos sob o protesto da galinha.
Gosto de sorvete de cereja, de Chopp Brahma e Sucrilhos direto da caixa.
Brigadeiro de colher, pimenta biquinho e chantilly feito em casa.
De dormir tarde, acordar qualquer hora e voltar a dormir quando quiser.
Da parede do meu quarto, onde encosto-me e permito-me uma conchinha.
De horários para me (des)organizar. De ter semana para planejar e não cumprir.
Gosto das minhas estranhezas. Da minha solidãozinha. Da minha confusão para números.
Dos meus segredos. Da minha indisciplina. Do respeito indistinto.
De gente humana. De homem que saber ser homem, De mulher que faz drama.
De velho. De criança educada. De espírito evoluído.
De imaginar um céu para animais. De um deus com quereres. De um inferno Open Bar. Melhor: Open Food.
Amém.
L.C.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
“Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.” - Fernanda Mello
porque...
falo da vida como se fosse um verbo no passado, alguma
coisa que costumava ser e hoje só me lembro.
falta tempo, falta apego, faltam laços e sobra essa mania
de descrever o sentimento dos outros que não sabem dizer.
sobrevivo das lembranças, tão alheias e mais coloridas do
que eram realmente, quando chamadas de presente.
Verônica Heiss
sábado, 17 de novembro de 2012
Lívia descrita por Gabito Nunes
É isso que eu gosto em você,
seu realismo,
sua espontaneidade,
sua falta de modos.
É isso que eu acho bonito numa pessoa, você vive sua vida, aceita suas limitações, não dá muita bola para o que os outros vão achar.
Às vezes eu acho as pessoas tão igualmente diferentes, sempre pendurando arengas no pescoço e fazendo um esforço tremendo para parecer legal.
Você é você.
[...]
Gabito Nunes
"Eu me volto pras palavras e venero seus encantos, como se por me descreverem pudessem me bastar. Palavra não faz carinho, menina, palavra não dá colo. É de abraço que eu preciso quando não há mais letra, tatuagem, tinta, papel, caneta, poesia. Quando não tem mais rima, é de corpo e conforto que eu preciso." - Verônica Heiss
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
- Madrugada, chuva, café mocha, edredom e "Só agora". Sem mais.
- porque eu havia me esquecido o quanto eu gosto dessa música...
É, reverbera...
É, reverbera...
sobre possibilidades
Pode
ser que chuva, que cheiro, que colo, que abraço, que mãos, que lábios, que
falas, que preguiça, que exageros, que delícias, que disposição, que acalanto,
que música, que dia, que noite, que lua, que chão. Pode ser que fome, que
alegria, que tranquilidade, que magia, que beleza, que poesia. Pode ser que
tanto, que tudo, que nada, que quanto, que mundo. Pode ser que vento, que
nuvem, que aurora, que arco-íris, que enrosco, que cores, que árvores, que mar,
que folhas, que fotografias. Pode ser que sorrisos, que lágrimas, que
gargalhadas, que piadas, que emoção.
Pode
ser palavras.
Pode
ser que sim.
Pode ser que não.
Pode
ser em ti.
Pode ser em mim.
Pode
ser então.
Marla de Queiroz
Carpinejando...
Para quem está triste, o silêncio é uma pergunta.
Para quem está alegre, o silêncio é uma resposta.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
"Só queria conversar com alguém que não se esqueceu do silêncio. Meu Universo entulhado de palavras: estes tropeços em tantas mudanças bruscas, intermitentes… Todos sabem meu endereço, opinam sobre as cores das minhas cortinas, mas não perguntam se eu preciso de uma xícara de açúcar enquanto bebo este café amargo e quente…" - Marla de Queiroz
terça-feira, 13 de novembro de 2012
pílula de Caio ou sobre ser fdp em poucas lições
Então me vens e me chega e me invades e me
tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre
fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo
assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim
calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com
lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que
nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim
que és...
Caio Fernando Abreu
domingo, 11 de novembro de 2012
Lívia descrita por Martha Medeiros ou sobre ser crazy
crazy é uma palavra que confere certo humor à loucura
parece que se é uma loucura divertida, supercrazy, personagem de gibi
alegre, magnética, cabelo colorido, uma destrambelhada que ri
crazy é uma palavra que não descreve a minha inversão
sou louca em português, very absorta, nada institucional
desajuste silencioso, independente, que não se cura nem se cobre com
bandeide
crazy não me entitulo, tenho a fachada sã e não trago o riso solto
meu desvio é genético, louca de berço, pura, sem aditivos
loucura genuína não se produz e a américa nada tem a ver com isso
crazy é bacana, crazyland, terra dos que estão em paz e fumam,
a noite inteira gargalhando, beijando-se uns aos outros, just fun
o que sinto é mais uterino, absolutamente pessoal e profano
crazy, sou às vezes
louca, doze meses por ano.
Martha Medeiros
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