terça-feira, 29 de março de 2011

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'Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina
- brinquei de boneca, 
- tive medo do escuro e
- fiquei nervosa com o primeiro beijo. 
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: 
ninguém desconfia do meu anti socialismo interno.
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. 
Penso como um homem, mas sinto como mulher
Não me considero vítima de nada. 
Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa.
Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. 
Afino a voz, 
uso cinta-liga,
faço strip-tease. 
Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
>>> Sou tantas que mal consigo me distinguir.
Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. 
Num piscar de olhos fico terna, delicada. 
Acho que sou promíscua. 
São muitas mulheres numa só, e alguns homens também.'

Martha Medeiros

segunda-feira, 28 de março de 2011

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do amor a Língua-mãe


Tenho um desejo voraz em descobrir o novo.
Hoje refiro-me especificamente ao novo contido nas histórias que os livros contam.
A minha brinquedoteca, quando criança, também abrigava dentre Barbies, Geleinha e Lego, livros.
Ainda sem saber ler, recordo-me de ser presenteada com historinhas infantis das mais populares: Os Três Porquinhos, A Bela Adormecida, Dumbo, etc. Eu os manuseava, entretendo-me com as gravuras, e para elas inventava novas e ainda mais graciosas historinhas! Lembro também de um livrinho que podia ser levado para o banho. Neste não havia historinha alguma, apenas o desenho de um patinho amarelo e alguns objetos. Era proposital a falta do conto; à criança recaia o dever de criar fantasias! E como era divertido!


Com tal incentivo, muito cedo descobri o amor às letras, palavras, orações e histórias. Ao revés, odiava números, raízes, porcentagem, e qualquer combinação entre eles, da álgebra a geometria!
O Português sempre me encantou, por mais complexa a nossa língua sempre se apresentou.
Recordo-me que aos cadernos de Português reservava os mais bonitos adesivos e as canetas mais caloridas, e aos professores dessa disciplina, ofertava o meu mais bonito bom dia!.
Minha mãe não se cansava de promover o meu amor pela língua e seu universo, e assim, não me recordo o número exato de gibis e agendas que fui agraciada com o decorrer do tempo...
Recordo-me que o amor a Turma da Mônica era evidenciado na minha lancheira escolar – era a carinha da Mônica – , na minha mochila de rodinhas, e nas muitas vezes em que eu visitei o Parque de Diversões da Turma da Mônica, ainda em Brasilia/DF. Quanto às agendas – ai comportando diários e cadernetas - , são ainda mais vagas as lembranças de quantas tive! Lembro de duas delas: uma da Minnie, de cor laranja-neon, e a outra dos 101 Dálmatas, onde, iniciando a adolescência, passei a confidenciar-lhe os meus segredos. Há pouco tempo a encontrei, reli e envergonhei-me! Mas a guardei, mesmo assim, para dela me envergonhar no futuro, com a minha mais bonita vergonha.


Recordo de A Ilha Perdida marcar uma fase da minha vida: a minha chegada a Minas. A maioria dos demais livros da coleção Vaga-lume também foram lidos.
Com incertos onze anos eu li A Balada do Primeiro Amor. Eu, à época, iniciada na adolescência, e, estando apaixonada por certo alguém, acreditei piamente que aquela história fora escrita para mim, digo, para nós!
Nessa idade, um professor muito querido e inesquecível, o saudoso Airton Garizo Becho, promoveu a Oficina da Escrita para a minha turma, a 6a série. Tratava-se de uma espécie de redação em três atos.
Não me recordo bem do meu primeiro tema, acredito que tenha sido a narrativa dos onze primeiros meses de vida de uma criança contados por ela mesma. Em outra oportunidade, recordo ter escrito minha primeira ficção, na qual um judeu narrava os horrores vividos na 2a Guerra Mundial, mesmo sem tê-la estudado nas aulas de História. Uma crítica sobre um livro que tratava de assunto semelhante na revista IstoÉ despertou-me interesse e a partir daí nasceu tal atrevimento!
Por fim, o meu último tema na Oficina da Escrita foi a narrativa da história de vida do músico Rafael Ilha, ex-integrante do grupo Polegar. Peculiar tema emergiu do meu amor infantil pelo tal grupo, ainda na capital nacional. À época, o ex-Polegar vivenciava um momento difícil de sua vida (vício em entorpecentes), o que me causou grande comoção e desejo de fazer sua biografia não autorizada e, creio eu, na minha primeira causa advocatícia!


Seguido do Airton, recordo de outros dois Professores: Agostinha e Tarcísio, este último já no ensino da escola pública. Lecionaram Matemática o... a... aquele... Lembro do Professor Rogério, porque fora ele o responsável por minha única recuperação! Contudo, era um querido, mesmo com tamanho mau-gosto na sua matéria. Se bem que Rogério não era graduado em Matemática, mas sim em Engenharia.

Ao Tarcísio, cheguei a externar minha admiração por sua pessoa: no 1o ano do Ensino Médio fiz uma cartinha declarando o quão bom Professor era ele, o quanto as suas aulas me faziam bem e etc. Não foi uma declaração de amor ao homem Tarcísio, vejam bem, embora eu acredite que na época foi o que ele entendeu. E então, com seu pouco mais de um metro e meio de tamanho e óculos fundo de garrafas, passou a me encarar com certa timidez... Era sim um Professor dedicado, apaixonado pela Língua e pela arte de educar, e eu, com meus 13 anos de vida, já me via encantada com tudo isso e quis apenas externar esse encantamento, sendo mal compreendida ao final. Anos depois eu encontrei tal Professor fazendo caminhada na mesma pista que eu, e após apresentar-me os seus filhos, provocado, disse – enrubrecido – não se recordar de tal carta.


Ora vejam que o amor pelo Português foi ainda mais fortalecido quando eu passei a estudar Inglês! Mesmo com todas as oportunidades que tive, preferi estudar Violão e Jazz, renegando tanto quanto possível o estudo de uma segunda língua por acreditar que estaria traindo a minha original.
Esse é o momento das gargalhadas e risinhos debochados, eu sei! Mas era assim que eu pensava, e do que muito me arrependo por assim ter agido! Mesmo contando com os incentivos e alfinetadas de um querido Professor de Inglês, o Carlos, eu olvidei o estudo do Inglês por acreditar que era do Português que me valia respirar! Padeço de asma desde então.


Orgulho-me de ter conhecido todas as bibliotecas onde passei. Afirmo isso com um sorriso bem largo atravessado nos lábios, acreditem! Nestes espaços, muito além do conhecimento fiz amizades com pessoas que muito contribuíram para o que hoje sou. Em muitas delas, o limite máximo de empréstimos era de duas obras, e eu sempre conseguia levar para a cama três ou quatros “amores”! Não eram amizades interessadas, não interpretem mal. Acredito que aqueles bibliotecários viam em mim o amor pelas letras e contribuíam para ele! Eu também não vacilava: cuidava dos livros que tomava como empréstimos como a um filho, e os devolvia muito antes do prazo determinado. Recordo-me que vezes – poucas – por esquecimento, noutras mesmo por apego a obra, não tê-las devolvido no tempo determinado, e por isso, ser apenada com suspensão de novos empréstimos, o que me causava uma pontinha aguda de vergonha e uma dor pungente de saudade...
Atualmente, a minha maior amizade neste espaço é a querida Fabiana, que, mesmo transigindo regras, vem contribuído para a sobrevivência desse meu amor! Ora vejam os senhores o privilégio que tenho eu em contar com uma biblioteca ao lado – literalmente- do meu trabalho! Não raro dou uma fugidinha durante o expediente para aquele ambiente, com cores, cheiros e texturas tão variados! Ao menos nisso permaneço compulsiva.

Na faculdade, o amor a leitura me acompanhou, e ali fiz amizades que, mesmo distantes, levarei comigo para sempre! Amizades com pessoas e obras, todos inesquecíveis!
Recordei agora que a minha primeira investida virtual foi na biblioteca: eu ainda não possuía uma conta de e-mail, e dentro da biblioteca da PUC, eu e uma amiga criamos o liviabiblis – biblis de Biblioteca! - @bol.com.br, endereço este nem mais existente, ainda bem, porque constrangedor!

O que me deixa realmente triste foi não ter lido obras clássicas. Não sei por qual motivo não me sugeriram a leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Quixote, Casa Grande-Senzala, nenhuma de Machado de Assis, Cecília Meirelles, Castro Alves... Isso me causa certo desconforto e estranheza, e mesmo ante a oportunidade de hoje finalmente lê-los, penso que não terei o mesmo prazer que teria ao saboreá-los naquela faixa etária. Portanto, levo esse gostinho amargo da tristeza para sempre, ou para quando eu mude esse meu modo de pensar e enfim venha provar daquilo que muitos comentam terem gostado. O que me consola é ter conhecido e me apaixonado por Jorge, o Amado, com o perdão da infâmia no trocadilho! Salve Jorge, salve!

Do Português, nasceram os amores a música e ao Teatro. Ambos estiveram juntos quando pisei pela primeira vez no palco, aos 6 anos de idade e ainda em Brasília, “interpretando” uma música da Mara Maravilha. Sobre a música, ainda muito jovem apreciava Chico Buarque e Vinícius de Moraes pela beleza de suas composições. E no que concerne ao teatro, aos 13 anos me atrevi a escrever peças teatrais. Era bem sucedida porque além de ter enorme prazer naquela atividade, contava com duas grandes amigas – Bebel e Paulinha – que destemidas, encenavam minhas peças como se fossemos profissionais. Bons tempos, aqueles! Merda para vocês!

O que posso afirmar é que o meu amor pelo Português me acompanhou os anos de vida. Quando aos 16 anos eu fui prestar Vestibular, não deu outra: Direito! É, Direito!
Talvez movida por um desejo de perpetuar o amor às leis entre os meus pais, ou quem sabe movida pelo desejo de enriquecer num futuro próximo de cinco anos, ou pior, contaminada pela ilusão que o poder do Direito desperta, eu optei por pleitear uma vaga na cadeira de Direito na Federal mineira, para finalmente ser aprovada na Católica no ano seguinte.
Não me recordo de ter pensado em fazer Letras, não mesmo. O cursar Direito era um desejo infantil, cativado por minha mãe, e incentivado por idéias próprias, hoje sabidamente absurdas e muito distantes da realidade. Não que eu renegue o curso, disciplinas, autores, Professores, e todo o seu universo, não é bem isso. Também não sei dizer ao certo o que vem a ser. O que posso afirmar com certa clareza é que no Direito o que mais me causa interesse é a sua ciência e o seu desvendamento. Curto muito mais discutir a hermenêutica jurídica do que aplicar a lei! Sim, eu confesso preferir a teoria à prática! E não vejo mal algum nisso, muito pelo contrário, acredito que para aplicar o Direito é preciso que se discuta antes as suas diversas correntes, características, equívocos, virtudes e reflexos. Ao meu ver, aplicar a lei sem conhecer ao máximo o que se aplica, é descomprometer-se com a realidade e com os direitos e deveres dos sujeitos sociais.


Ninguém ouse me perguntar quantos livros eu li até os dias atuais. Para ser bem franca, não me recordo quantos li neste ano... Não que não tenham marcado, despertado sentimentos ou algo além, mas sinto dizer que a minha memória é a minha maior algoz! Não a toa deixo de citar os autores das obras por ora mencionadas, e por isso, peço sinceras desculpas.
Ultimamente tenho lido mais artigos do que obras, essa é a realidade. Por ter o meu tempo e idéias cada vez mais comprometidos, me ative a artigos científicos das ciências sociais e do Direito, naturalmente. Como literatura diversa, tenho lido pequenos trechos de Caio Fernando Abreu, Martha Medeiros, Ana Jácomo e Fabrício Carpinejar. Como amores confessos, indico Rubem Alves e Clarice Lispector.


Porque anotadas na minha agenda cito as minhas mais recentes descobertas, estas nos meses de fevereiro e março do ano em curso: Preciosa, Ao som do mar e a luz do céu profundo, A Queda para o Alto, Férias, Teologia do Cotidiano – meditações sobre o Momento e a Eternidade, e os ainda correntes Cem Anos de Solidão, Doidas e Santas e Morangos Mofados.


Só não permito-me renunciar ao gosto que o atravessar de páginas proporciona por saber que nele me encontro cada dia um pouco mais...


Lívia =]
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“[...]
e é ainda naquele teu adeus que chora hoje minha saudade
e é ainda naquela tua partida que estou indo por atalhos à tua chegada.”
Herzer

Com toda a minha humildade, dedico o presente a memória de S.M.Herzer, recém descoberta por mim, contudo, há muito amante das palavras, das gentes e dos sentimentos, dos mais sofridos aos mais (re)compensadores. A você e a sua história de vida, Herzer, toda a minha admiração e o meu mais sincero gesto de carinho.
Que o seu perder-se em nuvens confira a paz e a compreensão que a vida não lhe proporcionou.

sexta-feira, 25 de março de 2011

[...] e então é isso.

Ficar bem nem sempre deixa outras opções.
É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar.
É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada.
É o nada que você optou para parar de sentir dor. 
No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se... 
Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. 
No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. 
>>>> Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. 
É isso.

Caio.

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Quantas vezes tentaram adivinhar o que sentíamos, e erraram.
Julgaram nossas ações, e erraram.
Tiveram certeza sobre nossos propósitos, erraram.
O que somos de verdade e o que queremos de fato, só nós sabemos.
nós. 

Martha Medeiros

~ divina ~

terça-feira, 22 de março de 2011

Para provar novos chás, é preciso esvaziar a xícara - Caio F. Abreu

Seguindo essa máxima tenho buscado acatar o término das coisas, gentes e o que por elas se sente...
Essa nova percepção confronta com aquela minha ideia de infinitude: aquilo que se viveu fica para sempre na carne marcado, afinal, nao ha término para as lembranças. (-oi?)
Isso se deve às experiências vividas nos últimos tempos - fim de relacionamento, de amizades, trabalho -, cujas quais provaram-me que, olha, Livia, desperte desse mundinho de conto de fadas o mais rápido que puder, e aceite que o the end existe sim, e em muitas das vezes, nao vai vir grafado de cor rosa-bebê e fonte italicada!
Ok. Fatos e pessoas provaram-me a finitude do mundinho que nos cerca e eu passo, enfim, a adequar-me a essa nova realidade.
Iniciando o processo de fechamento de ciclos, encerrei minha participação numa atividade que me trazia muito prazer, mas que já me causava certo desconforto e variadas queixas. Papel de vítima nunca me caiu muito bem, devo confessar.
Finalmente exclui pessoas da minha vida virtual que mesmo após terem me feito males de diversas naturezas e intensidades, ainda assim permaneciam ON.
Deletei números do celular e risquei tantos outros da minha agenda.
Resolvi também encarar alguns problemas de frente, e não deixar que as coisas tomem seu rumo conforme os ditames do tempo e sabores do acaso...
Adianto que até mesmo esse espaço está sujeito a tais mudanças...
CaioFernandiando, seria o esvaziamento da xícara para o possível enchimento de um bule! É a esperança fazendo arder em mim o seu verde-neon.
"Acompanhe-me nessa jornada e percama-nos pelo caminho" nuncafez tanto sentido! rs'
Um beijo!

Lívia =]

sexta-feira, 18 de março de 2011

a vocês, os meus Queridos

Cherrys,
quando me chamam pelo MSN posso não responder porque tenho entrado somente pelo cel, e isso me causa grandes dissabores: trava t.o.d.a hora, as msgs que envio não chegam por algum motivo, quando vários de vocês me chamam fico perdida e não consigo gerenciar a crise! KKK Tenham paciência e por favor, não desistam de nós, tampouco de mim! =]
Aos que me perguntam como estou [referindo-se a cirurgia], digo que estou bem, em linhas gerais. Há contratempos sim, mas todos previstos e portanto, suportáveis. rs'
Lá se vão seis meses de operada e quarenta quilos OFF \o/
Sinto-me mais disposta, respiro e locomovo-me melhor também. A alimentação é sempre "na medida do possível", porém não sinto fome exagerada e desejos absurdos!
Minha auto-estima, CLARO, foi alavancada! Voltei a usar saltos, e estes têm crescido gradativamente! rs' Muitas das roupas antigas foram abandonadas, e substituídas por outras mais, mais, mais... sexys?! Sim, sexys! KKK
Já ouvi piadinhas de peões nas ruas, assim como olhares 666! HAUHAUAHUHA...
Não posso exercitar-me, infelizmente, porquanto terei que fazer nova cirurgia às pressas [não preocupem-se, nada de muito sério, mas totalmente necessário =( ]. Logo, estarei malhando e malhando pesado!
Voltarei a psicoterapia na semana próxima também!
Mente, corpo e coração felizes!
Um beijo a todos vocês!
Lívia =]

Eu quero ser pra você...

A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada
Eu quero ser pra você
A confiança, o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais
Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz a melodia capaz
De fazer você dançar
Eu quero ser pra você
A lua iluminando o sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor
Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você
Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você ... ♪



[Pra Você, por Paula Fernandes]

quinta-feira, 17 de março de 2011

plagiei e comentei, lalala... rs'

 "Poderíamos casar [é, se possível fosse], teríamos um apartamento [espaçoso e claro, clarinho], tomaríamos café as cinco da tarde [prefiro uma Coca ;) ], discordaríamos quanto a cor das cortinas [tons pasteis, por favor], não arrumaríamos a cama diariamente [ahã, tá  fechado!], a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola [e água gelada], o armário, de porcarias [chocolate, muitos!], adiaríamos o despertador umas trinta vezes [você, costumo ser pontual.Mas prometo não sair da cama sem desejar-lhe um dia DOCE!]], sentaríamos na sala de pijama e pantufas [dispenso pantufas. Em casa só fico descalça, saiba você!], sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados [sim, e riríamos do episódio feito crianças. E como crianças, estaríamos resfriados no dia seguinte!], nos beijaríamos no meio de alguma frase [eu, sempre intempestiva, aff*. Você, sempre adorando as minhas intempestividades, lalala... rs'], você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração [sem comentários, só deixo agir a imaginação...]. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos [sim, saberíamos sempre e muito]" 
Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 14 de março de 2011

- oi?

SINCERICÍDIO

Eis a minha atual palavra de (des)ordem!

<o/

HAHAHA'

Semana DOCE a todos!

sexta-feira, 11 de março de 2011

viu?

Aquilo que nos fere é aquilo que nos cura. 
A vida tem sido muito dura comigo, mas ao mesmo tempo tem me ensinado muita coisa. 

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 10 de março de 2011

Só agora...

sobre aquela viagem...

A afaga em seus abraços, estes parecem que feitos do tamanho exato para o encaixe perfeito do seu corpo e da proteção que dele necessita.
Balbucia palavras desconexas no seu ouvido apenas para ver o cenho franzido indagar em silêncio um charmoso - o quê?, para, enfim, responder com o olhar – nada não, beibe.
E ali, seladas, amarrotadas em abraços e ao som de beijos roucos, descobrem que se têm, que estão vulneráveis a lascívia quase divina do amor.

O cheiro da brisa noturna do mar assemelhava-se ao incenso queimado por ela em dias de tensão. O som do vai-e-vem das ondas lembrava os mantras que vem escutando nos últimos tempos, a fim de abstrair aquela estranheza provocada pela vida solitária. A atmosfera de som e cheiro só era superada pelo toque ora vil, ora suave das duas outras mãos. E que mãos são mesmo aquelas?! Imaginou-as menores, dedos menos audaciosos, linhas da vida menos demarcadas... Recorda-se então que tudo era imaginação, a la ‘o nosso amor a gente inventa’, e que, finalmente, tinha o prazer de conhecer a verdade da sua vida.

Deram vivas ao pôr do sol com calorosas palmas e gritinhos de uhul. Puro pretexto, aquele; nada mais faziam do que, como crianças, festejarem aquele amor. Brindaram-no com a saliva de novos beijos roucos, com novos toques pretensiosos e abraços ávidos por tantos outros. E como em Românticos, de Vander Lee, se amaram de um jeito tão aflito... Ali, sem pudor, e sem qualquer receio que a Guarda Civil Metropolitana as abordassem. As câmeras indiscretas do Olho Vivo, os olhares reprovadores dos pedestres, as freadas bruscas dos ciclistas alarmados, nada e nem ninguém, em absoluto, ousaria impedir a materialização daquele amor.

Desejava que o calor daquele corpo provocasse as fagulhas necessárias para que não se apagasse a brasa da foguerinha improvisada na areia.
Desejava muito além do cheirinho salgado do mar e de novos acordes do mantra indiano. E, com fervor, queria a indecisão daqueles toques de fêmea, e de todo o resto que não se convém narrar, mas sim, imaginar sentir. E suplicou aos deuses que o tempo passasse devagar, na proporção um segundo a cada cinco minutos. Descobriu ser pouca a sua fé, porquanto era chegada a hora da despedida, afinal, o último ônibus da noite era pontual no atrasar...

E teve receio de que seus pulmões parassem de respirar aquele amor, que seus beijos esvaziassem a ponto de fazer secar os lábios e seus afagos ficassem perdidos na lembrança com a primeira curva da estrada. E, mais, enciumou que as tatuagens desenhadas por suas digitais fossem rapidamente substituídas por outras.
Um misto de raiva e tristeza fez sombra àquele encantamento. E, num rompante, quis chorar, rasgar-se a si e a seus pensamentos, e quem sabe dispor de mais um momento sem a lucidez dos sábios, mas a beleza da loucura dos que amam. 

Finalmente entendia o significado para as coisas são mais lindas quando você está, de Cássia e Nando. E passou a desejar muito mais do que fotos, flores e votos de amor. Com devoção, suplicou aos deuses que o maldito ônibus quebrasse pelo caminho, ou que três dos seus pneus furassem, ou ainda melhor, que o seu motor morresse, como aquela saudade que temia em abater-se. Desritmados no tempo, os corações não perceberam a chegada do transporte...


Não quiseram se beijar; o beijo naquela hora passaria a ter sabor de fel, próprio das despedidas dos que se amam. Tampouco trocaram novos abraços ; amarrotadas estariam as lembranças que ambas levariam consigo. Restou o aceno, longínquo e tímido de tão inexpressivo, e a lágrima a escorrer por entre faces coradas por uma pontiaguda saudade que, a essa altura, já transbordava...
Restaria a lembrança de uma noite onde muito além do que sussurros de amor, se pôde ouvir um grito esvaído pela janela fumê do ônibus: - vem comigo?! Na primeira curva o vento levou tais palavras...


[...]


Chegado o destino, reconheceu no bolso direito do seu jeans a grafia dela e viu despertar o encantamento provocado pelas palavras de Caio Fernando Abreu:
" Dentro de mim existe alguma coisa que espera a sua volta.".


Lívia =]

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Dedicado a Van e Jeu, com todo o meu carinho e desejo de que os meses passem rápido para que, em julho, as minhas palavras possam se tornar verdade!
Beijos roucos a vocês...



sexta-feira, 4 de março de 2011

Perguntaram-me sobre o Carnaval 2011...

Eis a resposta:

o meu Carnaval terá a serenidade com que a chuva percorre a passarela do quintal, 
a folia do aconchego para pés cançados, 
ouvirei baixinho carneirinhos marcharem em fila, 
lançarei ao alto - e para bem longe - confetes e inquietações, 
e, por fim, brindarei a magia de poder repousar nesses dias...


Recusei convites para Carnavais mais "amenos" que este! rs'

Desejo que tenham um Carnaval tão bom quanto eu terei, cherrys!

^^

quinta-feira, 3 de março de 2011

porque há muito eu não falava sobre mim...

Um dia alguém me contou que quando era criança chorava quando ouvia ou lia a palavra derradeiro. Acolhi com ouvido de poesia. E sorri, dentro, com ternura por essas singularidades lindas de cada um. Mas sorri muito mais porque adulta, diante de cada experiência derradeira que a vida desembrulha, geralmente choro também. Às vezes, à beça, por outros tantos instantes derradeiros.

Memória de choro é vasta. 
Ana Jácomo
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Além do encantamento que a Ana sempre em mim desperta, identifiquei-me com o choro da criança ao ouvir derradeiro
Derradeiro passa a ideia de finitude, e isso é algo que sempre me incomodou. Não sei bem como tratar com o fim de nada, tampouco de gentes e o que por elas se sente. Muito menos, o que acredito que sintam por mim... Isso se dá porque não acredito mesmo no fim. Ao meu ver - e sentir - finitude é uma ideia, cuja qual, não compartilho e renego o quanto puder a sua existência. Psicologizando, aproxima-se do célebre significante e significado sempre referidos por meus amigos da Psicologia  para casos semelhantes.
Somente a pouco, pus-me verdadeiramente a chorar quando finalmente entendi e vivenciei o real significado para derradeiro...
E como se faz com o brinquedo Lego, passei a montar e desmontar esse meu coraçãozinho. Perdi uma pecinha (será mesmo que perdi, considerando a perda como o fim do ganho?) mas ganhei outra não tão bonita, mas preciosa: sabedoria. Não aquela dos monges, dos cientistas e profetas, mas sim aquela que se assemelha ao aprendizado, a viver cada dia desejando-se aprender um pouco mais nas suas horas.
Buscando o encantamento da tristeza, sigo. Em alguns momentos, eu vacilo e penso em tentar sair deste estado de alguma forma. É quando me ocorrem ideias as mais estapafurdias, rizíveis mesmo. Ai rememoro o aprendido ao longo daquelas vinte e quatro horas, respiro profundo, e me recomponho, deixando o dia acabar mais uma vez.
Assim estou: seguindo... sempre e muito.
Um beijo a vocês que de alguma forma acompanham-me nessa jornada!

Lívia =]