sábado, 30 de abril de 2011

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As palavras são assim, 
disfarçam muito, 
vão-se juntando umas com as outras, 
parece que não sabem aonde querem ir, 
e de repente, 
por causa de duas ou três ou quatro que de repente saem, 
simples em si mesmas, 
um pronome pessoal, um advérbio, um verbo, um adjectivo,
e ai temos a comoção a subir irresistível à superfície da pele e dos olhos, 
a estalar a compostura dos sentimentos, 
às vezes são os nervos que não podem aguentar mais, 
suportaram muito, suportaram tudo, 
era como se levasse uma armadura, diz-se [...]
José Saramago

sobre retas e curvas

eu gosto do contorno angular do rosto,
de ombros quadrados,
dedos longilíneos,
joelhos pontiagudos,
pernas compridas.


eu gosto das retas mas sou e me apaixono pelas curvaS.

lembra-se?


Recordar: do latim, re-cordis, tornar a passar pelo coração.
Eduardo Galeano

=*

Era uma vez...

um Irmão. 
E uma Irmã.

Um dia eles se "encontraram".

Ela por ele se 'apaixonou'.

Mas entristecia-lhe o fato de terem passado tanto tempo ausentes um do outro.



Certa vez ele lhe disse que o melhor da vida estava por vir e que podiam viver isso juntos.
Ela acreditou. 
Desde então pede com fé que este futuro esteja cada vez mais próximo.

Tão próximo para que possam viver felizes para sempre.

~ Fim ~



- o Irmão!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

mais uma indicação/provocação daquele tal dileto Psi lixa*

justificativa de falta

Queridos, estou em falta com vocês...
Ocorre que meus dias têm sido tensos! aff*
Em contrapartida, tenho lido bastante nessas últimas semanas, e fiz maravilhosos achados!
Um deles é José Saramago, sua literatura de bom gosto, sofisticada, envolvente...
Iniciei lendo Ensaio sobre a Cegueira, e fiquei en-can-ta-da!
Atualmente leio A Jangada de  Pedra, para, então, O Evangelho segundo Jesus Cristo. Após, caso o meu Psicólogo preferido do P**FI faça a caridade de emprestar-me, será a vez de Caim. Ainda estou em estado de extase com Ensaio sobre a Cegueira - FATO
Outro não menos cativante achado foi Fernando Sabino
Ô mineirinho pra escrever bem, sô! Simples e bonito, em suma. 
Li O Encontro Marcado e fiquei fascinada! Passei para 
A Companheira de Viagem e Com a Graça de Deus. Após a leitura das obras de Saramago, retorno para o mineirês de Sabino. Antes, é bem provável que eu visite a exposição organizada pelo seu filho, Bernardo Sabino, das suas obras e um pouco da sua história, no SESC - Sta.Luzia, no mês de maio/2011.
Ando com saudade de ler Vinícius de Moraes, meu amante antigo rs' [clica:http://pboucolor.blogspot.com/2010/12/porque-foi-durante-o-natal-que-eu-me.html ]. Isso se deve a provocação vinda desse mesmo tal Psi supra aê, após permitir-me ouvir um trechinho da trilha sonora do documentário "Vinicius" no seu MP3  rum/ 
Naturalmente já baixei tal trilha \o/ 
São músicas intercaladas com textos/poesias interpretados por cantores nacionais de renome e que fizeram parte da vida de Vinicius de alguma forma. 
Ah, tenho ouvido muito Miltão - o Nascimento - nesses últimos dias, com o empréstimo de dois CD's. Um deles é relíquia: "As Histórias e as Canções de 'Maria Maria' e 'O Último Trem' por Milton Nascimento". Putz, muito lindo!
Então é isso, meus Queridos! Lendo, ouvindo e sentindo, naquela máxima do SEMPRE e MUITO!
Um beijo grande a vocês!


Lívia =]


p.s.: aceito sugestões de leitura, ok? Comentem ae, pow!
2- Dileto Psi, agora sim, post publicado, e preservada a sua identidade! rs' 
No aguardo do "amor + futuro". Ok, sem pressão, sem pressão... (y)

~.~


Porque sou grata a mim mesma quando me permito viver um romance com toda a minha entrega, transparência e honestidade. 
Principalmente, com o que tenho de fundamental, que é a minha prosa poética ou poesia: tornar alguém meu muso e derramar meus sentimentos mais piegas, mas inéditos e particulares. E é por isso que consigo sair deles com dignidade.
O que importa é a verdade, não a metáfora. 
O que importa é o amor, não as promessas feitas. 
É tudo muito silencioso e cheio de palavras que explicam por dentro...
Marla de Queiroz


.

É terrível viver contando moedinhas de afeto.

Ana Jácomo

Sinceramente - Cachorro Grande


ouvi em um celular alheio.
bacaninha (y)
- oi?

é.

este blog retoma sua programação normal.
internet reativada.
pânico.
gritinhos de uhul.
fiquem a vontade nas manifestações.
beijos.
é.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

o mimo

Porque ela esteve ao meu lado quando eu muito precisei.Escutou-me, deu-me colo, fez cafuné e tentou me seduzir e quase, por muito pouco, não conseguiu HAHAHA' 
Seduziu-me sim, com toda a sua meiguice, atenção e cuidado. 
Somos hoje o que se pode denominar de pessoas que se querem e se têm.
Para você, Van, esse mimo!
____________________________
Tem a valentia própria dos que adolescem.
Pouco importando-lhe o amanhã, respira o máximo do agora, num quase sufocamento dos sentidos.
Seu olhar – assim como o mar em dias de ressaca – instiga, desperta, invade feito maré, mas, Santo Deus!, também é acalanto, simplicidade e beleza.
Sua loucura é serena, sua paz inquieta, e sem invejar a arte de Da Vinci, seu sorriso é mistério, tal como a suavidade havida na tristeza e a calmaria na alegria.
Sem receio de errar, atira-se no desconhecido, e, aos bravos, exige que deixem-na sentir. Ora, o amor, por mais cliché que isso possa soar para quem pouco ou nada amou, o amor não se queixa de esperar, e a saudade, ah, a saudade, quando bem curtida em boa cachaça mineira, temperada com manjericão, paciência e alecrim, entorpece sem sentir... 
Sabe, também, que preconceito é justificativa pobre dos humanos para suas ignorâncias, vocábulo que dispensa qualquer outra mais elaborada explicação, tamanho o desprezo que deveria provocar naqueles que por ele se deixam contaminar.
Ela é muito mais do que um prenome-nome-sobrenome, de como se apresenta ou revela ser; ela vai muito além do que os olhos almejam ver, do que os ouvidos alcançam escutar, do que as mãos sentem ao tocar: 
ela é o que vem a ser, o que ainda está por vir...
Se não é, mas está o encanto da indecisão, 
o vermelho, o branco e o amarelo, 
a rosa, a margarida e a flor de lótus, 
a menina-mulher-anciã, 
a brisa azul-fusquinha da manhã e o atropelo das estrelas pela madrugada, 
a tudo isso não sabe ser com exatidão.
Certo é, porém, o que em mim faz sentir... 
Alguém que em um curto lapso de tempo, conquistou o meu mais sincero respeito, o meu mais bonito bem-querer e a minha mais sincera admiração.
É aquela uma que acresceu muito em minha vida, 
o suficiente, pois, para justificar a sua existência.

A você ofereceço todos os meus xerus!
sz

Lívia =]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

José Saramago:

- Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,
essa coisa é o que somos.

//

Boa semana a todos vocês, Queridos!

Afeto sempre, mesmo distante...

Lívia =]

 p.s.: sofrendo de saudades da Van e do Binho AAAAA

terça-feira, 12 de abril de 2011

-><-

De tudo, ficaram três coisas:
-> a certeza de que ele estava sempre começando,
-> a certeza de que era preciso continuar e
-> a certeza de que seria interrompido antes de terminar.

Fazer da interrupção um caminho novo.
Fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada, do sono uma ponte,
da procura um encontro.

Fernando Sabino

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Caio responde

E a moça?
De que lugar teria vindo?
Que caminhos teria pisado?
Que insuspeita das descobertas teria feito?
Tu olharias a moça mas, as perguntas não acorrendo, o mistério que a envolveria seria desfeito -uma moça vestida de azul, sentada no chão de uma praça sem lago.
Não poderias saber nada de mais absoluto sobre ela, a não ser ela própria.
Fazendo perguntas, tu ouvirias respostas. Nas respostas ela poderia mentir, dissimular, e a realidade que estava sendo, a realidade que agora era, seria quebrada.
Pois, não fazendo perguntas, tu aceitarias a moça completamente. 
Desconhecida, ela seria mais completa que todo um inventário sobre o seu passado. Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando essas perguntas não são feitas.
Que a maneirar mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa seria justamente não falar, não perguntar, mas ver.
Em silêncio.

Caio Fernando Abreu

outra questão carente de resposta:

Balanço cultural do fim de semana

  • Morangos Mofados, de Caio;
  • Cisne Negro [filme]; 
  • Ensaio sobre a Cegueira [filme; leitura da obra em andamento];
  • Risadas com o Binho;
  • Gargalhadas com o Rapha;
  • Saudades da Van;
  • Uma pergunta sem resposta.

Boa semana a todos, Queridos!
Beijos...


Lívia =]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

licença poética: Onde Deus possa NOS ouvir

:'(

"Se todos fossem ficando tristes, mais tristes,
todos se acabavam em ruindade (...).
Alegria tinha que ser chamada à força.
Era preciso chamar a alegria,
como se chama a chuva, na desgraça
ou numa seca demorada."

Guimarães Rosa
__________________________________________
Porque ontem um filete de tristeza sob mim se abateu, hoje venho clamar por chuva! Das do tipo saborosa, clarinha e com gotas macias!
E isso: preconceito
Van, és a minha menina valente! sz 
A você todos os meus beijos&xerus!
Lívia =



quinta-feira, 7 de abril de 2011

porque deve ser tããão chato ser normal... lixa*

Eu gosto do estranho, do incomum.
Gosto daquilo que confunde, que permite diferentes interpretações,
que fica nas entrelinhas.
Gosto do que aguça a curiosidade, que provoca.
Gosto do sarcástico, o normal me cansa, entedia
Queriam-me quotidiana, fútil e tributável ?
Impossível, eu complico mesmo. 
É mais gostoso assim.
Martha Medeiros

quarta-feira, 6 de abril de 2011

do Rubem para mim, e de mim, para vocês ^^

Agora é o tempo da felicidade
Cada novo dia é um milagre de graça, uma taça de prazer que deve ser bebida até o fim, sem deixar para amanhã. 
- "Tempus Fugit"! - 
Portanto, carpe diem - colha o que se inicia como quem colhe uma flor que nunca mais se repetirá.

Rubem Alves

sabe quando se acorda cantarolando uma canção?

porque eu sei...
sz

terça-feira, 5 de abril de 2011

saudade da doçura de Caio...

Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você.
Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. 
Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. 
Que seja (mais do que) doce a sua voz ao falar no telefone. 
Que seja doce o seu cheiro. 
Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. 
Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. 
Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. 
Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. 
Que seja doce a ausência do meu medo. 
Que seja doce o seu abraço o seu beijo. 
Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. 
Que seja doce
Que sejamos doce.


[Caio F. Abreu]

É tempo de delicadeza...

Tulipas com cheiro de sol,
nuvens tom azul-fusquinha,
passarinhos a cantarolar a música do sertão pelo chiado da velha radiola,
grama verde salpiscada de orvalho-vida,
chuva que faz cair esperança no asfalto da amargura,
uma janela a mirar o horizonte com paciência e ternura,
suave ventania nas folhas outonais do jardim,
a canção que faz lembrar a alegria,
o tempo a desbotar o verde-água e o lilás-violeta da velha pintura,
doçura como sabor, cheiro de fulô,
ver quem se ama vindo, vindo e vindo...

*
*
*

Porque é tempo de delicadeza para mim, e faço votos que assim seja para todos vocês, meus Queridos!

Um beijo sempre carinhoso!

Lívia =]

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domingo, 3 de abril de 2011

da 'sabedoria do olhar' ou - poxa, a Lívia viciou nessa poetinha! / rs'

São os olhos, exatamente os olhos, que eu mais ouço.
A vida tem me ensinado, ao longo da jornada, 
que as palavras muitas vezes mentem.
Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração.

Ana Jácomo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo. Mas me enfrento todo dia." Millôr Fernandes


constatações... vãs e precisas constatações...

Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair. A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.

O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.

Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.

Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar, mas ainda não passei a acreditar em acaso.
Ana Jácomo