terça-feira, 28 de janeiro de 2014
"Faça-me ficar", por Ricardo Coiro
Peça-me para ficar. Diga-me que ainda existe alguma garrafa de vinho perdida no seu armário sempre vazio e que meu queijo preferido ainda não estragou. Convença-me a não abrir a porta e, se for necessário, puxe-me pelos cabelos.
Conte-me, ao pé do ouvido, qualquer história longa, do tipo que só tem graça quando dita com o auxílio da sua voz. Faça-me rir e se, apenas com palavras não conseguir, abuse da sua melhor careta. Peça-me para não sair. Convide-me para uma degustação de pipocas, para um rodízio de brigadeiros, para uma harmonização de refrigerantes e, num piscar de olhos, antes que eu tenha tempo para descolar minha bunda do seu sofá, dê o play em algum filme bem demorado, do tipo que não perco nem em dia de final de campeonato.
Peça-me uma massagem em cada canto e um beijo em todo ponto. Diga-me para ficar. Convença-me a desmarcar o trabalho, o dentista, os próximos capítulos do livro e, se possível, desfaça a questionável significância do dia de amanhã. Aponte para o céu azul e, sem medo da mentir, diga que um tornado logo virá e que, por isso, é melhor nos escondermos sob o escuro do seu edredom. Peça-me alto, sem desviar suas retinas das minhas e, quando eu ameaçar baixar o olhar, segure-me firme pelo queixo ou pela nuca. Não implore. Não fique de joelhos. Não derrube lágrimas. Não ameace cortar os pulsos. Apenas, com jeitinho, peça-me para ficar.
Esconda minhas roupas e não me deixe sair pelado, por favor. Engula a chave da saída e o choro, se puder. Esquente o termômetro no abajur e, com timbre manhoso de uma criança que não quer ir para escola, peça-me para cuidar de você. Não me deixe olhar para o relógio e, muito menos, lembrar do enorme erro que cometeu. Distraia-me com sua menor calcinha ou com seu maior abraço. Engula-me com seus lábios macios e, se nada disso adiantar, pegue-me desprevenido e me algeme abruptamente. Peça-me para ficar, pois, apesar da enorme decepção que me deu de bandeja e do orgulho que, agora, insiste em dirigir meus atos contraditórios: eu ainda sou demasiadamente louco por você.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
"Dia desses, eu tentei te esquecer de vez. Juro. Mas aí percebi que matar você em mim é o mesmo que morrer e continuar vivendo, sabe? Passaria o resto dos meus dias como zumbi recheado de dor e entalado de lembranças do que nunca viveu. Então, não morra não. Não antes de eu dizer que te amo. Não antes de você dizer isso para mim, também. Ou que vai pensar no meu caso. Ou que vai me levar contigo. Ou que ficará aqui comigo. Sei lá. Não se vá – nem para o céu, nem para a Nova Guiné – sem me dar mais uns minutos de esperança, uns carinhos no queixo e um descanso em teu ombro." - Hugo Rodrigues
“Só você conheceu a mulher corajosa que eu posso ser que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só você me viu de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para você eu me desmontei inteira porque confiei que você me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.” - Tati Bernardi
domingo, 26 de janeiro de 2014
"Imagina que louco seria se a vontade falasse mais alto do que o medo? Imagina que lindo seria se a gente deixasse 'acontecer'! Sem pensar no amanhã, sem procurar sentido ou rótulos pro que sentimos... Imagina que doce seria dormir naquele abraço, e esquecer o mundo lá fora? Agora abre os olhos, para de imaginar e vai buscar o que te faz sorrir. Sonhar é bonito, mas é de atitudes que os momentos felizes são feitos." - Karla Tabalipa
sábado, 25 de janeiro de 2014
"Porque sou grata a mim mesma quando me permito viver um romance com toda a minha entrega, transparência e honestidade. Principalmente, com o que tenho de fundamental, que é a minha prosa poética ou poesia: tornar alguém meu muso e derramar meus sentimentos mais piegas, mas inéditos e particulares. E é por isso que consigo sair deles com dignidade. O que importa é a verdade, não a metáfora. O que importa é o amor, não as promessas feitas. É tudo muito silencioso e cheio de palavras que explicam por dentro..." - Marla de Queiroz
"Eu nunca saberia decidir entre enfiar de cara, enfiar a cara, deixa pra lá, fazer de conta, dar uma de espertinha e difícil. Porcamente, entrego o coração, chave de casa, o controle remoto. Não nasci para o difícil. Sinto, logo digo. Em seguida me ferro. Parece escrito na testa. Nem consigo testar hipóteses ou usar qualquer palavra torta. Não faço interface com a sutileza. Nem brinco de estereótipos, tampouco faço biquinhos e cara de Maria mal amada. Se for pra entregar os pontos, deixa comigo! Faço cara exclamativa, boca pedinte, olhar brilhante e um sorriso do tamanho do infinito. Meu crime é deixar as claras todas as minhas segundas, terceiras e últimas intenções. Alguém, um dia me disse que isso é ingenuidade. Prefiro acreditar que sou larga de afetos. Que em matéria de sentimentos não escondo o que é absolutamente útil e nem hesito em entregar de bandeja o melhor de mim. Azar, sorte? Cultivo em profusão o que pode ser considerado o perfil de uma romântica inveterada doidinha pra declarar seu status. Não tenho lance casual. Tenho uma falha miserável por deixar à vista todos os meus refrões apaixonados. Lamento muito. Meu palavreado. Meu olhar. Minha postura, me dedura. Quem sabe um dia eu aprenda a esconder meus sonetos de amor. Nesse dia, tornar-me-ei rica, influente, admirável e bem-sucedida. Resta esperar." - Ita Portugal
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
"Eu só queria que fosse simples. Só queria que fosse agora, e sem data pra acabar. Só queria não ter que pensar no fim, e nem ter que inventar um recomeço todos os dias. Queria mais certezas do que dúvidas. Mais sorrisos do que lágrimas, mais colo e menos vontade. Porque um 'oi' já não basta, porque ouvir sua voz já não acalma a falta que você tem feito. Só queria poder correr pro seu abraço toda vez que a saudade perguntar por você. [A verdade é que eu queria não querer, mas quero tanto...]." - Karla Tabalipa
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
“[...] Hoje, por experiência própria, eu digo: “quase nunca acontece como nos filmes!”. Percebi que para deixarmos o amor surgir, em muitos casos, precisamos dar tempo e chances para que o outro mostre o quanto está disposto a se adaptar e a relevar as nossas imperfeições. E, meus caros, posso afirmar que não existe nada mais bonito do que perceber que, para ficar perto de nós, o outro aprendeu a aceitar e até a admirar as nossas imperfeições. O amor, muitas vezes, surge de uma soma de situações cotidianas. Não entendeu? É simples: o amor é fruto das vezes que o pegou, com cara de bobo, velando seu sono, somadas as vezes que ele, claramente, sofreu quando viu o termômetro afirmando que você estava com febre, multiplicadas as vezes que ele, para não correr o risco de lhe perder, calou-se diante uma palavra que, facilmente, poderia ter iniciado uma guerra mundial. Entendeu agora?” - Ricardo Coiro
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
"Amei e não me culpo. O amor não é um laço para o arrependimento, mas sim o caminho do amadurecimento. Não poupar o beijo, não tardar a pele. Conhecer-se na entrega: estar no outro para poder "se estar". Deitar sem a pressa do relógio, permitir o delírio das palavras flutuantes com o corpo em um abraço. Pousar a mão sobre o peito e esquecer-se. Repousar a cabeça sobre o coração do outro e ser embalado pela sua respiração. Vivo de ser livre me prendendo em outras mãos. Amar como se o dia-a-dia não existisse. Amar com o mais profundo que pudermos sem economizarmos os “euteamo”. No final doerá, sempre doerá e será dilacerante. Mas se a dor não poupa, porque pouparemos na intensidade do que nos causa?" - Cáh Morandi
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
"E assim sou fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende." - Fernando Pessoa
"Dizer 'eu-te-amo' é pouco", por Hugo Rodrigues
Dizer eu-te-amo é pouco. Pouco demais. Ela não vai acreditar. Ela é até fã das palavras, mas vai precisar de mais.
Eu-te-amo é ir lavar a louça está noite porque ela fez as unhas e não quer estragá-las – eu-te-amo é reparar que ela fez as unhas, também.
Eu-te-amo é ficar esperando-a por horas enquanto ela decide o que fazer com o cabelo dentro do salão. Alisar ou não? Pintar ou não?
Ela sempre sabe, mas diz não saber. Muita das vezes, irá te convidar para passar o dia todo juntos e vai te deixar num chá de cadeira ou com as pernas doendo de tanto passear pelo shopping procurando a tal blusa que ela viu com uma amiga de uma amiga na festa passada.
Não ligue e vá.
Ela quer a tua companhia até nas coisas mais bestas.
Ela não é tímida, mas vai odiar falar ao telefone e pedir pizza. Mas, mesmo assim, irá ficar palpitando e tentando descobrir o que o vendedor está te oferecendo e ainda gritará sem-azeitona só pra você não esquecer.
Ela não é mal agradecida, mas é exigente. Muito provável numa discussão, ela irá dizer que você não faz nada para ela e esquecerá as surpresas que fez na última semana – ou ontem.
Ela quer sempre mais de ti. Acostume-se. Faça mais. Faça mais por você e por ela. Ela fará mais, também.
Diga mais eu-te-amo com abraços apertados só porque você estava morrendo de saudades dela após duas horas longe. E também se declare em silêncio só de olhá-la nos olhos como quem grita declarações melosas.
Diga mais eu-te-amo quando você calar o ciúme besta, a insegurança imatura e essas besteiras que estragam o relacionamento.
Diga mais eu-te-amo ao sair de madrugada só pra comprar algum remédio pra ela – seja para dor de cabeça (ela sempre tem dor de cabeça), cólicas ou xaropes para gripe. Ela espirra bonito feito um bebê, mas cabe um cuidado.
Falta dizer mais eu-te-amo com atos, meu velho. Ela já está cansada de ler por aqui, pelos textos do Gabito ou pelas canções do Chico.
Ela quer eu-te-amo com toques, exemplos e carinhos.
Então, se for amor mesmo, cale-se nela e aprenda que amar vai muito além dessas letrinhas fáceis e decoradas.
Eu-te-amo é ir lavar a louça está noite porque ela fez as unhas e não quer estragá-las – eu-te-amo é reparar que ela fez as unhas, também.
Eu-te-amo é ficar esperando-a por horas enquanto ela decide o que fazer com o cabelo dentro do salão. Alisar ou não? Pintar ou não?
Ela sempre sabe, mas diz não saber. Muita das vezes, irá te convidar para passar o dia todo juntos e vai te deixar num chá de cadeira ou com as pernas doendo de tanto passear pelo shopping procurando a tal blusa que ela viu com uma amiga de uma amiga na festa passada.
Não ligue e vá.
Ela quer a tua companhia até nas coisas mais bestas.
Ela não é tímida, mas vai odiar falar ao telefone e pedir pizza. Mas, mesmo assim, irá ficar palpitando e tentando descobrir o que o vendedor está te oferecendo e ainda gritará sem-azeitona só pra você não esquecer.
Ela não é mal agradecida, mas é exigente. Muito provável numa discussão, ela irá dizer que você não faz nada para ela e esquecerá as surpresas que fez na última semana – ou ontem.
Ela quer sempre mais de ti. Acostume-se. Faça mais. Faça mais por você e por ela. Ela fará mais, também.
Diga mais eu-te-amo com abraços apertados só porque você estava morrendo de saudades dela após duas horas longe. E também se declare em silêncio só de olhá-la nos olhos como quem grita declarações melosas.
Diga mais eu-te-amo quando você calar o ciúme besta, a insegurança imatura e essas besteiras que estragam o relacionamento.
Diga mais eu-te-amo ao sair de madrugada só pra comprar algum remédio pra ela – seja para dor de cabeça (ela sempre tem dor de cabeça), cólicas ou xaropes para gripe. Ela espirra bonito feito um bebê, mas cabe um cuidado.
Falta dizer mais eu-te-amo com atos, meu velho. Ela já está cansada de ler por aqui, pelos textos do Gabito ou pelas canções do Chico.
Ela quer eu-te-amo com toques, exemplos e carinhos.
Então, se for amor mesmo, cale-se nela e aprenda que amar vai muito além dessas letrinhas fáceis e decoradas.
"Sou dessa leva de gente que tem como sina ver demais. Sentir demais. Amar quase do tamanho do amor. Traço de nascença, uma estranha dádiva que, durante temporadas, pra facilitar a própria vida, egoísmo que seja, a gente tenta disfarçar de tudo que é maneira que aprende. Mas não tem jeito, nunca terá, nascer assim é irremediável, o que é preciso é desaprender o medo. Por tudo o que é mais sagrado nesse mundo e em quaisquer outros que não tenho certeza se existem, mas suspeito, muitas vezes eu desejei não ver tanto. Criança, quando senti isso sem saber palavras, inventei minha miopia. Não adiantou: o encurtamento dos olhos é só do lado de fora, por dentro eu vejo muito comprido. Alguns sentem vida, sentem beleza, sentem amor, com doses de conta-gotas. Eu, não: é uma chuvarada dentro de mim. Que os sensíveis sejam também protegidos. Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências. Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra. Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano. Todos os que propagam a bondade. Todos os que amam sem coração com cerca de arame farpado. Que sejam protegidos todos os poetas de olhar e de alma, tanto faz se dizem poesia com letras, gestos, silêncios ou outro jeito de fala. Que sejam protegidos não por serem especiais, que toda vida é preciosa, mas porque são luzeiros, vez ou outra um bocadinho cansados, no escuro assustado e apertado do casulo desse mundo." - Ana Jácomo
sábado, 11 de janeiro de 2014
"Sou navegada em meu nome, tenho na pele os caminhos que o sol percorreu. Posso desaguar suavemente e, ainda viver em brasa querendo brisa, buscando a nuvem que se escondeu. Se te entrego minha carne, as veias saltitantes do meu pescoço, que percebas que o que te dou ainda é meu. Não tente me fragmentar se a esfinge que há em mim te devora. Não sou descoberta em desmembramentos. Não desconverso, eu me calo. Não se desdobre à toa." - Marla de Queiroz
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
“Gostaria muito de dizer pra você agora, olhando no olho mais sincero do mundo, que brilha muito, que é exageradamente bonito e no qual eu me enxergo o seguinte: eu te amo. Sem adjetivos, rodeios ou flores. Eu te amo, só isso. E isso, você sabe, quer dizer muito, quer dizer tudo, quer dizer o que a gente nem precisa falar, já que os nossos silêncios conversam alucinadamente coisas de amor.” - Clarissa Corrêa
"Meu amor não é pedinte. Meu amor não sofre de exigências. Ele pode até dançar ao seu redor, mas não vai tocá-lo sem a sua permissão. Eu não quero esmagar o seu corpo assim, com a maior de todas as forças do mundo, que é o amor-sem-medidas. Eu quero mesmo é te ver livre. Das pessoas, do mundo, da cólera, dos sapatos apertados e até de mim - se isso continuar te fazendo o cara mais bonito que eu já conheci." - Camila Heloíse
“Só ama aquele de coração bom, aquele que gosta de dar, que ainda sorri largo e franzindo os ombros tipo criança. Ama só quem merece, quem procura e sabe que achou, quem não vê amar como uma coisa sublime e extraordinária, quem sabe o amor ao alcance das mãos, da boca, das costas, da nuca, dos pés. Ama quem provoca os olhos, as vontades, o sabor do outro. Porque amar é isso. Normal. Amar é sofrer choque térmico quando chega a hora de dar tchau, é implicar com o jeito do outro, brigar no meio da rua, pegar na mão e fazer as pazes ali mesmo. Amar é brincar de briguinha, é dizer que vai amar pra sempre, é dar beijos e cheiros em lugares estranhos em locais inadequados, é beber no mesmo copo. Todo amante se arrisca meio poliglota ‘amore mio’, ‘mon amour’, ‘meine liebe’ ou ‘meu amor’ mesmo.” - Gabito Nunes
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
"Mais uma de amor", por Thais Cinotti
As vezes eu olho pra você, enquanto você tá dirigindo com sua pose de homem e penso que nada e nem ninguém no mundo, me fariam tão felizes. Eu penso que não existe nenhum outro lugar que eu gostaria de estar a não ser ali, olhando pra você dirigir.
Eu não consigo achar sequer um motivo besta pra não te amar. E meu Deus, isso é terrível. Como é que pode? Justo eu. A senhora dona da razão que sempre encontra um "porém" em tudo.
Eu te amo. Assim, bem simples.
Eu amo as suas costas largas e dormir no buraco do seu peito, enquanto você respira fundo e passa os dedos nas minhas costas, me dando arrepios. São coisas tão simples.
Eu amo quando você faz alguma coisa, só pra me ver rir. E é impressionante como você realmente consegue.
Com você, a vida é mais fácil. As coisas pesam menos, as dores ficam pequenas, os monstros são bichos de estimação.
Eu amo sua voz calma, quando me beija a nuca e diz que não viveria sem mim. Até as piadas sem graça são legais, quando é você que conta. Além da sua cara de mal humorado que me diverte o dia todo.
Eu amo a nossa promessa de nunca dormir brigados.
Eu amo a história das nossas vidas e como nos encontramos tantas vezes, mas só ficamos juntos na hora certa.
Eu amo seu riso quadrado e suas coxas de jogador de futebol.
Eu amo o cheiro das nossas roupas juntas. O cheiro que fica no meu pescoço, quando você me abraça depois de passar seu perfume amadeirado.
Gosto do jeito como você me olha quando quer que eu te busque algo, eu sempre me divirto sozinha do jeito como eu nego e depois vou buscar.
Amo o jeito como você acorda, dengoso, sonolento e meio confuso.
Amo a nossa plenitude sutil.
A forma como você me ajudou a me aproximar da minha família e beber água.
Os nossos feriados regados a bebidas com boa companhia e os nossos domingos preguiçosos em que transbordamos de amor. Nós costumamos transbordar.
Do mesmo modo, eu também amo os nossos excessos. Exagerar é bom de vez em quando, foi você que me ensinou.
Eu amo até as nossas despedidas. Mesmo longe de mim, o seu sorriso me traz uma energia boa que me alimenta. Amo, sobretudo, a sua volta. E nem existe tecnicamente uma volta, porque nunca ficamos mais de dois dias longe.
Eu amo nossas declarações de amor, na cama. As nossas loucuras e piadas internas. Eu amo nossa cumplicidade.
Eu amo cada coisa que a gente compartilha. Músicas, filmes, idéias, bobagens, loucuras, fluídos. Tudo.
Eu não consigo achar sequer um motivo besta pra não te amar. E meu Deus, isso é terrível. Como é que pode? Justo eu. A senhora dona da razão que sempre encontra um "porém" em tudo.
Eu te amo. Assim, bem simples.
Eu amo as suas costas largas e dormir no buraco do seu peito, enquanto você respira fundo e passa os dedos nas minhas costas, me dando arrepios. São coisas tão simples.
Eu amo quando você faz alguma coisa, só pra me ver rir. E é impressionante como você realmente consegue.
Com você, a vida é mais fácil. As coisas pesam menos, as dores ficam pequenas, os monstros são bichos de estimação.
Eu amo sua voz calma, quando me beija a nuca e diz que não viveria sem mim. Até as piadas sem graça são legais, quando é você que conta. Além da sua cara de mal humorado que me diverte o dia todo.
Eu amo a nossa promessa de nunca dormir brigados.
Eu amo a história das nossas vidas e como nos encontramos tantas vezes, mas só ficamos juntos na hora certa.
Eu amo seu riso quadrado e suas coxas de jogador de futebol.
Eu amo o cheiro das nossas roupas juntas. O cheiro que fica no meu pescoço, quando você me abraça depois de passar seu perfume amadeirado.
Gosto do jeito como você me olha quando quer que eu te busque algo, eu sempre me divirto sozinha do jeito como eu nego e depois vou buscar.
Amo o jeito como você acorda, dengoso, sonolento e meio confuso.
Amo a nossa plenitude sutil.
A forma como você me ajudou a me aproximar da minha família e beber água.
Os nossos feriados regados a bebidas com boa companhia e os nossos domingos preguiçosos em que transbordamos de amor. Nós costumamos transbordar.
Do mesmo modo, eu também amo os nossos excessos. Exagerar é bom de vez em quando, foi você que me ensinou.
Eu amo até as nossas despedidas. Mesmo longe de mim, o seu sorriso me traz uma energia boa que me alimenta. Amo, sobretudo, a sua volta. E nem existe tecnicamente uma volta, porque nunca ficamos mais de dois dias longe.
Eu amo nossas declarações de amor, na cama. As nossas loucuras e piadas internas. Eu amo nossa cumplicidade.
Eu amo cada coisa que a gente compartilha. Músicas, filmes, idéias, bobagens, loucuras, fluídos. Tudo.
E foi com você que eu descobri que o amor não precisa de euforia.
O amor precisa de verdade e sintonia.
O amor precisa de verdade e sintonia.
“Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira…). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.” - Tati Bernardi
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
"Então, ele apareceu. Ele apareceu na minha vida de mansinho. Eu apareci na vida dele devagarinho. Nós aparecemos na vida um do outro, sem pedir nada, sem cobrar nada, sem dizer nada. Depois, as palavras. Elas, que me seduzem. Elas, que me envolvem. Elas, que me aproximam. Foram as palavras que me aproximaram dele. E foram elas que me conduziram até o amor da minha vida. Entre uma palavra e outra, uma inquietação. Entre uma inquietação e outra, a curiosidade. Entre uma curiosidade e outra, um medo. Será? Entre um será e outro, um relâmpago chamado coragem. Fui. Ele veio. Nós fomos. Daquele dia em diante, não ficamos um dia sequer sem nos falarmos, seja por telefone, e-mail, mensagem, telepatia. Entre uma conversa e outra, um sentimento. Entre um sentimento e outro, o amor e, com ele, a definição. Sim. Sim. Sins." - Clarissa Corrêa
domingo, 5 de janeiro de 2014
“Você pode encontrar muita gente pelo caminho. Muitas enganações, muitas promessas, muitos beijos, muitos corpos e corações. Mas a gente sente quando ele, o amor, chega pra ficar. Você sente pela sensação de conforto que ele oferece. Pela calma. Pela paz. Por ajeitar tudo lá dentro do peito. É que as paixões nos bagunçam. Nos desarrumam. O amor arruma tudo. O amor faz uma faxina emocional. O amor deixa tudo limpo, novo, claro. A paixão dá uma sensação de poder, faz o chão sacudir, seu corpo balançar. O amor traz segurança, tranquilidade. O amor é sereno. Durante muito tempo eu quis sentir aqueles efeitos e reflexos de paixões. Elas arrebentam, arrebatam, atormentam. O amor, não. O amor tem o mesmo efeito de um abraço bem longo e apertado. Ele te deixa com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. É que amar é ter os pés no chão. Olhar para a frente junto com o outro. Amor é realidade, dia a dia, dificuldade. Amar é vencer uma batalha todo santo dia. Porque não é fácil conviver com alguém. Não é fácil dizer olha, te entrego meu coração, meu sentimento, minha emoção. Olha, cuida bem de mim. Cuida do que eu sinto. A gente tem que baixar a guarda, engolir o orgulho, se deixar levar. Se perder para se encontrar. O amor é um encontro. De você com você mesmo. Amar é se ver nos olhos do outro. Mesmo que ele esteja com os olhos fechados.” - Clarissa Corrêa
“Eu tenho medo de acreditar em você, de te desejar tanto, tanto, e acabar descobrindo que eu ainda tenho um coração e que ele ainda pode amar muito alguém. Não, eu digo a mim mesma, eu não vou me apaixonar e nem desejar saber tudo ao seu respeito, querer conhecer sua mãe e ser apresentada aos seus amigos. Você não sabe, mas quando eu chego em casa eu repasso cada palavra que você disse, cada gesto que você fez, cada beijo seu e me pergunto se vale mesmo a pena. E, o pior, é que vale.” - Tati Bernadi
"Existe mesmo o "tempo certo das coisas"? E se o certo ceder as pontas? E se o certo perder a linha? E se o certo for esse - exatamente esse - errado que não passa, que não para pra desesperar a tua ausência? E se, no fundo, não existir tempo algum que se estabeleça, que dia a gente inventa? Até quando o peito aguenta? Quem vai abrir mais um dia dentro da minha esperança? E se a espera perder a paciência? E se a ciência perder a cabeça, a gente se entrega? A gente se encontra? A gente se ama?" - Priscila Rôde
sábado, 4 de janeiro de 2014
"Aproximo-me desse pouso sem chão cheio, falso e ondulante. Todo meu silêncio pelo teu sossego, que não é esse – vítreo e temporal – mas, aquele, suave e estampado (brisa de maio entardecendo cenários). Sem trocos, trocas nem voltas. Todo meu silêncio pelo teu sossego para atravessar o verão, quiçá a tua ausência que arrebenta vestidos e novembros. E o meu corpo pela tua pele desfiada, caiada entre as sedes. Todo o meu adiante por qualquer trecho de primavera sua, já folheada – milagre enfeitando as paredes do ano. Não fosse o coração me parindo e me esculpindo e me alinhando em ondas, deixaria-me, então, para que durasses mais esse ponteiro, mais esse durante, mais amor-sinônimo-daquele, que não é esse…" - Priscila Rôde
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
"Este silêncio é assustador. Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca . E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor . Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais . E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto . E ainda há a saudade . E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo! E estou com pressa, e sede e fomes demais . Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade ? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase . Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa . Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas . E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso . Então eu fico sem saber pra onde ir . E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que você venha me abraçar novamente . E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo . De paz . Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada . Só estou te dizendo estas coisas, porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido . Depois de tudo . Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso." - Marla de Queiroz
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